Em uma de suas muitas ameaças ; consideradas vazias por especialistas e por ocidentais ;, o regime da Coreia do Norte ordenou o aumento da produção de peças de artilharia e sinalizou a suposta disposição de disparar o primeiro tiro. ;Quando a guerra romper, teremos de varrer as bases militares e as instituições governamentais de nossos inimigos com um único golpe;, declarou o ditador Kim Jong-un, em um vídeo divulgado ontem pela rede de tevê estatal KCTV. ;Nós devemos, absolutamente, garantir a qualidade de nossa artilharia e de nossos morteiros para assegurar um ataque preventivo contra nossos inimigos;, acrescentou o líder norte-coreano, durante reunião com funcionários da indústria bélica, ocorrida em 17 de março.
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Nos últimos 13 dias, Kim anunciou ter apontado seus mísseis para o território norte-americano, proibiu o acesso de sul-coreanos ao complexo industrial de Kaesong, reativou a central nuclear de Yongbyon, declarou guerra à Coreia do Sul, autorizou um ataque nuclear aos EUA, transportou dois mísseis Musudan de médio alcance para a costa leste e recomendou a diplomatas que abandonem Pyongyang. Poucos parecem levar a sério o líder comunista. O embaixador do Brasil na Coreia do Norte, Roberto Colin, descartou uma saída urgente da capital norte-coreana. ;Não há planos imediatos de retirada, a exemplo das outras embaixadas;, afirmou ao Correio, por e-mail (Leia entrevista).