Dois mísseis Musudan, capazes de atingir alvos a 3 mil quilômetros de distância, estão posicionados em suas plataformas e escondidos na costa leste da Coreia do Norte. Em resposta, a Coreia do Sul enviou seus destróieres (navios de guerra) Aegis, equipados com um avançado sistema de radar, para o Mar Amarelo e o Mar do Japão, formando uma espécie de escudo em torno do país. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou ontem que um lançamento de um míssil norte-coreano não seria surpresa para Washington. O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, parece determinado a levar sua retórica belicista às últimas consequências. Depois de autorizar um ataque nuclear contra os Estados Unidos, o regime voltou a surpreender e mandou uma carta para representações diplomáticas e organizações internacionais baseadas em Pyongyang, na qual afirma não poder garantir a segurança dos funcionários, em caso de um conflito. A mensagem ;aconselha; os diplomatas a deixarem o território e pede uma resposta até quarta-feira.
Em um desafio a Pyongyang, a Rússia, o Reino Unido, a França e a Polônia anunciaram não ter planos de esvaziar as embaixadas. Consultado pelo Correio, o Itamaraty explicou que as autoridades da Coreia do Norte se dispuseram a prestar auxílio logístico na retirada. Até o fechamento desta edição, o governo brasileiro não havia decidido se atenderia ou não a recomendação. O Brasil mantém, em Pyongyang, o embaixador Roberto Colin e um oficial de chancelaria. ;É óbvio que nós seguimos com preocupação a escalada da retórica na Península Coreana e estamos em contato permanente com o nosso embaixador. Nós avaliaremos as condições, antes de tomarmos uma decisão;, declarou ontem o chanceler Antonio Patriota.
Ouça entrevista com o embaixador do Brasil em Pyongyang, Roberto Colin
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