Seul - A Coreia do Norte, que transportou um segundo míssil de médio alcance a sua costa oriental, alimentando os temores de um disparo, propôs às embaixadas estrangeiras em Pyongyang que considerem evacuar seus funcionários a partir de 10 de abril.
"O discurso do governo norte-coreano dizia que a partir de 10 de abril não poderia garantir a segurança das embaixadas e organizações internacionais no país em caso de conflito", declarou uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores britânico.
"Acreditamos que os norte-coreanos adotaram esta atitude como parte de sua ofensiva retórica, segundo a qual os Estados Unidos são uma ameaça para eles", acrescentou.
Os líderes das missões diplomáticas dos países da União Europeia presentes em Pyongyang devem se reunir no sábado na capital norte-coreana "para discutir uma posição comum e uma ação comum" sobre seus funcionários, anunciou o ministério búlgaro das Relações Exteriores.
"A Coreia do Norte convocou todas as embaixadas estrangeiras, afirmando que asseguraria ajuda caso desejassem evacuar suas missões", indicou.
Um diplomata russo afirmou que a Coreia do Norte sugeriu à Rússia que "considere" desocupar sua embaixada em Pyongyang, "assim como outras embaixadas diante do agravamento da situação na península coreana".
Enquanto isso, as autoridades britânicas confirmaram que foram interrogadas por Pyongyang sobre suas intenções de manter ou não a embaixada, mas afirmaram não ter tomado nenhuma decisão a respeito.
"Estamos consultando nossos sócios internacionais sobre a evolução da situação. Não foi tomada nenhuma decisão e não temos planos imediatos de evacuar nossa embaixada" da Coreia do Norte, informou o ministério das Relações Exteriores britânico em um comunicado.
O embaixador tcheco em Pyongyang também indicou que a Coreia do Norte recomendou a retirada de seus funcionários. "Nós recebemos esta recomendação, não a título pessoal, mas entre outros países", declarou o embaixador Dusan Strauch.
Paralelamente, "foi confirmado que a Coreia do Norte transportou por trem, no início da semana, dois mísseis Musudan de médio alcance em direção à costa leste e os instalou em veículos equipados com um dispositivo de lançamento", declarou um funcionário de alto escalão do governo de Seul citado pela agência sul-coreana.
O míssil Musudan, mostrado publicamente pela primeira vez por ocasião de um desfile militar em outubro de 2010, tem, teoricamente, um alcance de 3.000 quilômetros, ou seja, poderia chegar ao Japão.
Seu alcance pode alcançar 4.000 km se transportar uma carga leve, com a qual, em teoria, conseguiria chegar à ilha de Guam, no Pacífico, localizada a 3.380 km da Coreia do Norte onde estão 6.000 soldados americanos.
"O Norte está aparentemente disposto a disparar estes mísseis sem advertência", declarou o funcionário sul-coreano.
Segundo fontes de inteligência militar citadas pela Yonhap, a Coreia do Norte pode lançar um míssil no dia 15 de abril, aniversário do nascimento do fundador do regime comunista, Kim Il-Sung, que faleceu em 1994.
Um funcionário da marinha de guerra indicou à Yonhap que dois destróieres sul-coreanos equipados com radares sofisticados foram mobilizados, um na costa leste e outro na costa oeste. "Se o Norte lançar um míssil, seguiremos sua trajetória", declarou o militar.
Pyongyang multiplica as ameaças de ataque há várias semanas em resposta à nova série de sanções da ONU depois de um teste nuclear em fevereiro e das atuais manobras militares sul-coreanas em conjunto com os Estados Unidos.
Nesta semana, o Exército norte-coreano chegou a dizer que uma guerra poderia ser declarada "hoje ou amanhã".
Em resposta, Berlim convocou na manhã desta sexta-feira seu embaixador na Coreia do Norte para comunicar sua inquietação pela gravidade da crise.
E o governo dos Estados Unidos anunciou que está tomando todas as precauções necessárias para enfrentar a escalada de ameaças da Coreia do Norte, mas afirmou não estar surpreso pelo comportamento de Pyongyang.
Já o Pentágono considerou nesta sexta-feira que "qualquer ação provocadora adicional (da Coreia do Norte) seria lamentável".
"Testes de mísseis fora do âmbito de suas obrigações constituiriam uma provocação. Eles (os norte-coreanos) devem aplicar as normas internacionais e respeitar seus compromissos", declarou o porta-voz da instituição, George Little, à imprensa.
O Pentágono também enviará interceptadores de mísseis para proteger suas bases de Guam, uma ilha do Pacífico situada a 3.380 km da Coreia do Norte e onde há 6.000 soldados americanos mobilizados. Pyongyang cita a ilha frequentemente como um potencial alvo.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou na quinta-feira que "a ameaça nuclear não é um jogo" e disse temer que "qualquer erro de julgamento nesta situação possa produzir uma crise na península da Coreia que teria consequências muito graves".
Em caso de conflito nuclear, os povos da península coreana seriam "horrivelmente sacrificados" e o presidente Obama se tornaria o personagem "mais sinistro" da história dos Estados Unidos, considerou nesta sexta-feira Fidel Castro, pai da revolução comunista cubana.
A Coreia do Norte não tem outra escolha a não ser "enfrentar" os americanos, que são a "principal razão das tensões regionais" atuais, comentou no mesmo dia o chefe-adjunto de Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Massud Jazayeri.
Já o acesso de sul-coreanos que trabalham no polo industrial de Kaesong, situado em território do Norte, a 10 km da fronteira com o Sul, foi proibido. Pyongyang autoriza que os cidadãos do Sul deixem o complexo, mas um total de 608 sul-coreanos decidiram permanecer e continuar trabalhando.
"O discurso do governo norte-coreano dizia que a partir de 10 de abril não poderia garantir a segurança das embaixadas e organizações internacionais no país em caso de conflito", declarou uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores britânico.
"Acreditamos que os norte-coreanos adotaram esta atitude como parte de sua ofensiva retórica, segundo a qual os Estados Unidos são uma ameaça para eles", acrescentou.
Os líderes das missões diplomáticas dos países da União Europeia presentes em Pyongyang devem se reunir no sábado na capital norte-coreana "para discutir uma posição comum e uma ação comum" sobre seus funcionários, anunciou o ministério búlgaro das Relações Exteriores.
"A Coreia do Norte convocou todas as embaixadas estrangeiras, afirmando que asseguraria ajuda caso desejassem evacuar suas missões", indicou.
Um diplomata russo afirmou que a Coreia do Norte sugeriu à Rússia que "considere" desocupar sua embaixada em Pyongyang, "assim como outras embaixadas diante do agravamento da situação na península coreana".
Enquanto isso, as autoridades britânicas confirmaram que foram interrogadas por Pyongyang sobre suas intenções de manter ou não a embaixada, mas afirmaram não ter tomado nenhuma decisão a respeito.
"Estamos consultando nossos sócios internacionais sobre a evolução da situação. Não foi tomada nenhuma decisão e não temos planos imediatos de evacuar nossa embaixada" da Coreia do Norte, informou o ministério das Relações Exteriores britânico em um comunicado.
O embaixador tcheco em Pyongyang também indicou que a Coreia do Norte recomendou a retirada de seus funcionários. "Nós recebemos esta recomendação, não a título pessoal, mas entre outros países", declarou o embaixador Dusan Strauch.
Paralelamente, "foi confirmado que a Coreia do Norte transportou por trem, no início da semana, dois mísseis Musudan de médio alcance em direção à costa leste e os instalou em veículos equipados com um dispositivo de lançamento", declarou um funcionário de alto escalão do governo de Seul citado pela agência sul-coreana.
O míssil Musudan, mostrado publicamente pela primeira vez por ocasião de um desfile militar em outubro de 2010, tem, teoricamente, um alcance de 3.000 quilômetros, ou seja, poderia chegar ao Japão.
Seu alcance pode alcançar 4.000 km se transportar uma carga leve, com a qual, em teoria, conseguiria chegar à ilha de Guam, no Pacífico, localizada a 3.380 km da Coreia do Norte onde estão 6.000 soldados americanos.
"O Norte está aparentemente disposto a disparar estes mísseis sem advertência", declarou o funcionário sul-coreano.
Segundo fontes de inteligência militar citadas pela Yonhap, a Coreia do Norte pode lançar um míssil no dia 15 de abril, aniversário do nascimento do fundador do regime comunista, Kim Il-Sung, que faleceu em 1994.
Um funcionário da marinha de guerra indicou à Yonhap que dois destróieres sul-coreanos equipados com radares sofisticados foram mobilizados, um na costa leste e outro na costa oeste. "Se o Norte lançar um míssil, seguiremos sua trajetória", declarou o militar.
Pyongyang multiplica as ameaças de ataque há várias semanas em resposta à nova série de sanções da ONU depois de um teste nuclear em fevereiro e das atuais manobras militares sul-coreanas em conjunto com os Estados Unidos.
Nesta semana, o Exército norte-coreano chegou a dizer que uma guerra poderia ser declarada "hoje ou amanhã".
Em resposta, Berlim convocou na manhã desta sexta-feira seu embaixador na Coreia do Norte para comunicar sua inquietação pela gravidade da crise.
E o governo dos Estados Unidos anunciou que está tomando todas as precauções necessárias para enfrentar a escalada de ameaças da Coreia do Norte, mas afirmou não estar surpreso pelo comportamento de Pyongyang.
Já o Pentágono considerou nesta sexta-feira que "qualquer ação provocadora adicional (da Coreia do Norte) seria lamentável".
"Testes de mísseis fora do âmbito de suas obrigações constituiriam uma provocação. Eles (os norte-coreanos) devem aplicar as normas internacionais e respeitar seus compromissos", declarou o porta-voz da instituição, George Little, à imprensa.
O Pentágono também enviará interceptadores de mísseis para proteger suas bases de Guam, uma ilha do Pacífico situada a 3.380 km da Coreia do Norte e onde há 6.000 soldados americanos mobilizados. Pyongyang cita a ilha frequentemente como um potencial alvo.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou na quinta-feira que "a ameaça nuclear não é um jogo" e disse temer que "qualquer erro de julgamento nesta situação possa produzir uma crise na península da Coreia que teria consequências muito graves".
Em caso de conflito nuclear, os povos da península coreana seriam "horrivelmente sacrificados" e o presidente Obama se tornaria o personagem "mais sinistro" da história dos Estados Unidos, considerou nesta sexta-feira Fidel Castro, pai da revolução comunista cubana.
A Coreia do Norte não tem outra escolha a não ser "enfrentar" os americanos, que são a "principal razão das tensões regionais" atuais, comentou no mesmo dia o chefe-adjunto de Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Massud Jazayeri.
Já o acesso de sul-coreanos que trabalham no polo industrial de Kaesong, situado em território do Norte, a 10 km da fronteira com o Sul, foi proibido. Pyongyang autoriza que os cidadãos do Sul deixem o complexo, mas um total de 608 sul-coreanos decidiram permanecer e continuar trabalhando.