Todas as pesquisas divulgadas até o momento, incluindo uma atribuída ao renomado instituto Datanálisis, mostram Maduro com mais de 10 pontos de vantagem, mas a oposição considera que é difícil neste momento ter uma "fotografia nítida" das intenções de voto.
Seguindo a linha adotada desde a morte de Chávez, Maduro não poupou elogios em Sabaneta a seu padrinho político, que chamou de "profeta", "gigante da pátria" e "comandante supremo".
O presidente interino, recordando o estilo do falecido presidente, cantou a música típica da região oeste do país, abraçou várias pessoas que o aguardavam em Sabaneta e percorreu as ruas da cidade em um jipe vermelho, cor associada ao chavismo.
Chávez, que chegou ao poder em 1999 e foi eleito para um terceiro mandato em outubro de 2012, não teve condições de tomar posse em 10 de janeiro, como previa a Constituição venezuelana. Após sua morte, em 5 de março, foram convocadas eleições presidenciais para a escolha do sucessor, que deverá completar o mandato e governar até 10 de janeiro de 2019.
O líder opositor Henrique Capriles, que perdeu a disputa eleitoral para Chávez em outubro com uma diferença de quase 11%, começa a campanha em Maturín, capital do estado de Monagas (leste).
"Muito bom-dia! Começa a etapa de 10 dias! Todos os Comandos Simón Bolívar mobilizados no país. Vamos Esperança, Fé e Coragem", escreveu no Twitter o candidato de 40 anos, governo do rico estado de Miranda (norte). "Hoje continuamos nossa cruzada", completou.
Depois de visitar Sabaneta, Maduro fará um comício em Barinas, capital do estado de mesmo nome, e também visitará a região petroleira de Zulia (noroeste). O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que a oposição acusa de ser parcial e favorecer o chavismo, pediu na segunda-feira que o processo aconteça em paz, em país dividido por razões políticas.
"Esta campanha será desenvolvida em um delicado contexto emocional, assim exigimos às partes que evitem exacerbações desnecessárias e que suprimam expressões que possam abalar o ambiente da eleição", declarou na segunda-feira a presidente do CNE, Tibisay Lucena.