<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">Seul</span> - A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, ameaçou nesta segunda-feira (01/4) com uma "enérgica" represália a qualquer provocação da Coreia do Norte, com o respaldo dos Estados Unidos, que enviou caças F-22 à península em um momento de grande tensão com o regime norte-coreano.<br /><br />No último sábado, Pyongyang anunciou que se encontrava em "estado de guerra" com a Coreia do Sul. As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, pois a Guerra da Coreia de 1950-53 terminou com um armistício, e não com um tratado de paz.<br /><br />A presidente sul-coreana, líder dos conservadores e falcões do país, se reuniu com altos oficiais das Forças Armadas e com o ministro da Defesa, Kim Kwan-jin. Park disse que leva a sério as ameaças diárias do Norte. "Acredito que devemos executar uma represália enérgica e imediata, sem nenhuma outra consideração política se (a Coreia do Norte) protagonizar qualquer provocação contra nosso povo", disse.<br /><br />O ministro da Defesa afirmou que Seul executará, em caso de necessidade, ataques preventivos contra as instalações nucleares e militares norte-coreanas. "Nós realizaríamos rapidamente o que se chama de ;dissuasão ativa; para neutralizar as ameaças nucleares e balísticas do Norte", advertiu.<br /><br />A tensão na Península Coreana é grande desde dezembro, quando o Norte executou com sucesso um lançamento de foguete, considerado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul como um disparo de teste de míssil balístico.<br /><br />Depois, Pyongyang executou em fevereiro o terceiro teste nuclear, o que provocou a adoção, no início de março, de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU. A escalada não cessou desde então.<br /><br />Park, uma política conservadora que defendeu uma relação de compromisso cauteloso com o Norte durante a campanha eleitoral, passou a adotar uma linha mais dura desde que assumiu o poder em fevereiro, pouco depois da Coreia do Norte executar seu terceiro teste nuclear.<br /><br />As tensões militares entre as duas nações aumentaram de maneira dramática nas últimas semanas, quando a Coreia do Norte intensificou a retórica belicista contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.<br /><br />Em protesto contra as manobras militares conjuntas realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos, o governo do Norte declarou nulo o armistício que interrompeu a guerra da Coreia em 1953 e ameaçou com um "ataque nuclear preventivo" contra alvos sul-coreanos e americanos.<br /><br />Os governos da Coreia do Sul e Estados Unidos já alertaram Pyongyang sobre as severas repercussões de qualquer agressão. Washington enviou à região bombardeiros B-52 e B-2, com capacidade de cargas nucleares, assim como caças F-22.<br /><br /><a href="http://publica.correiobraziliense.com.br/app/noticia/#h2href:{%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20mundo%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22134%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22},%22rss%22:{%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22},%22opcoes%22:{%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22}}">Leia mais notícias em Mundo</a><br /><br />Nesta segunda-feira (01/4), um porta-voz das forças americanas informou que caças F-22 Raptor chegaram no domingo à Coreia do Sul para participar dos exercícios anuais "Foal Eagle", que prosseguem até 30 de abril.<br /><br />No domingo, o líder norte-coreano Kim Jong-un presidiu uma reunião do comitê central do partido único, o Partido do Trabalho. O comitê decidiu que o direito de possuir armas nucleares "deverá estar inscrito na lei" e que seu arsenal será melhorado "em qualidade e em quantidade". No sábado, a Rússia pediu às duas Coreias e aos Estados Unidos "mais responsabilidade e moderação".<br /><br />O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, destacou que Washington não se deixará intimidar pelas ameaças bélicas de Pyongyang e está preparado para enfrentar "qualquer eventualidade".<br /><br />Ainda nesta segunda-feira, a Coreia do Norte anunciou a nomeação de um novo primeiro-ministro, o economista Pak Pong-Ju, um mudança que foi confirmada pelo Parlamento, informou a agência oficial KCNA. Pak, especialista em economia de 74 anos, tomou posse durante a sessão anual do Parlamento e substitui Choe Yonq Rim.<br /><br />Pak já ocupou o cargo de primeiro-ministro entre 2003 e 2007, quando tentou estimular tímidas reformas ao conceder mais autonomia às empresas estatais e reduzir o controle estatal no racionamento de alimentos e de outros bens de primeira necessidade. Ao que parece, após uma forte reação do Partido do Trabalho (comunista) e do Exército, Pak foi suspenso de suas funções em junho de 2006 e destituído no ano seguinte.<br /><br />O Parlamento adotou uma legislação especial que formaliza a situação da Coreia do Norte como país com armas nucleares, "para sua autodefesa".<br /><br />Esse documento sobre a "consolidação da posição de Estado que possui armas nucleares para a autodefesa" foi adotado por unanimidade, assim como duas leis sobre o desenvolvimento no âmbito espacial e sobre a criação de um escritório estatal encarregado desse desenvolvimento, segundo a KCNA.</div>