"A infanta Cristina sempre foi a filha rebelde da família, acredito que tenha sido aí o início de alguns dos erros do monarca no plano familiar, tolerando a entrada em uma entidade privada, como La Caixa, sem renunciar ao título de infanta", acrescentou. O escândalo também abalou a imagem de marido modelo de Urdangarin, atualmente afastado dos atos oficiais da família, desde seu casamento em 4 de outubro de 1997 na Catedral de Santa Eulália de Barcelona.
Nessa ocasião, o rei Juan Carlos I concedeu o título de duquesa de Palma para sua filha, sétima na linha de sucessão ao trono. Nascida em 13 de junho de 1965 em Madri e apaixonada por esportes, especialmente a vela, Cristina conheceu Urdangarin nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, onde conquistou a medalha de bronze com a equipe espanhola de handebol.
"Ela gosta de homens musculosos, atléticos, altos e sensuais", assegurou o escritor Andrew Morton, biógrafo de Lady Di, que acaba de publicar o livro "Ladies of Spain. Sofía, Elena, Cristina e Letizia: Entre o dever e o amor", sobre a rainha Sofía, suas duas filhas e a princesa Letizia, esposa do príncipe herdeiro Felipe. "É extremamente competitiva e teimosa", acrescentou Morton, que não hesitou em dizer que foi Cristina que havia tomado a iniciativa para conquistar Urdangarin.
O casal teve quatro filhos entre 1999 e 2005: Juan Valentin, Pablo Nicolas, Miguel e Irene. Em 2009, eles se mudaram para Washington, onde Urdangarin foi nomeado diretor da gigante de telecomunicações espanhola Telefónica. Foi então que a família foi surpreendida com o escândalo Nóos. Em agosto de 2012 voltaram para Barcelona. Urdangarin argumenta que a infanta não sabia de suas atividades.
"É possível a infanta Cristina não saber de nada, mas o aumento de sua fortuna pessoal não pode ser ignorado por uma esposa que é muito unida ao seu marido", ressaltou a escritora Pilar Urbano, autora de vários livros sobre a família real.