Jornal Correio Braziliense

Mundo

Atentado suicida e confrontos deixam sete mortos no Mali

Confrontos entre soldados malinenses apoiados pela França e jihadistas infiltrados na cidade se intensificaram

Bamako - Sete pessoas, sendo um soldado malinense e um civil nigeriano, foram mortos nas últimas 24 horas em Timbuktu (norte do Mali), onde confrontos entre soldados malinenses apoiados pela França e jihadistas infiltrados na cidade se intensificam.

De acordo com fontes militares e de segurança regional de Timbuktu, jihadistas se infiltraram na cidade histórica após um atentado suicida cometido na madrugada de sábado para domingo. O homem-bomba morreu no atentado e um soldado malinense ficou ferido.

Desde então, a cidade viu outro atentado e o número de mortos já chega a sete (um soldado malinense, um civil nigeriano e cinco jihadistas), além de quatro soldados feridos. O registro é provisório, já que os confrontos continuam.

De acordo com um oficial malinense, os islamitas abriram duas frentes no centro da cidade: uma perto do hotel que serve de residência temporária para o governador da região de Timbuktu, e outro perto do único campo militar da cidade, ocupado por soldados malinenses. "Não podemos estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e é por isso que os jihadistas conseguiram voltar", disse o oficial.

Leia mais notícias em Mundo

Uma fonte de segurança malinense informou que o governador de Timbuktu, duas autoridades e dois jornalistas estrangeiros foram "retirados pelo Exército francês", que os tiraram do hotel que servia de residência para o governador.

No momento, as tropas malinenses estão dentro de Timbuktu, enquanto as tropas francesas, que servem de apoio ao Exército do país, operam a partir do aeroporto da cidade.

Como outros grandes centros do norte do Mali, Timbuktu, cidade de valor cultural inestimável, foi libertada do controle de grupos armados islamitas no final de janeiro pelas tropas francesas e malinenses.

Os terroristas jihadistas se refugiaram na região montanhosa de Kidal, no extremo nordeste do país, e vêm sendo perseguidos a várias semanas por soldados franceses e chadianos.