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Protesto antiglobalização reúne 15 mil no encerramento do Fórum Mundial

Mulheres também se manifestaram por igualdade e contra o possível retorno de regimes autoritários

Tunísia - Quinze mil pessoas manifestaram-se neste sábado, na Tunísia, no encerramento do 12; Fórum Social Mundial (FSM), encontro anual dos altermundialistas, marcado, este ano, pela Primavera Árabe e o apoio aos palestinos.

"Terra, liberdade, dignidade", "Libertem Gaza" e "Não à ocupação", gritavam os participantes da manifestação, dedicada ao Dia da Terra, que lembra, anualmente, a morte, em 1976, de seis árabes israelenses por forças de ordem de Israel durante manifestações contra o confisco de terras.

"Liberdade e justiça para os palestinos", pedia Daniela Nicholo, uma militante italiana.

As mulheres também se manifestaram por igualdade e contra o possível retorno de regimes autoritários, após a chegada ao poder de governos islâmicos, a partir da queda de ditaduras provocada pela Primavera Árabe.

[SAIBAMAIS]

Os manifestantes exibiam fotos de líderes palestinos assassinados, e bandeiras pretas, dos salafistas tunisianos, ou vermelhas, da extrema esquerda.

O Fórum Social Mundial começou na última terça-feira, com um debate sobre a condição da mulher, dois anos após o início da Primavera Árabe, após a qual os islamitas, frequentemente acusados de discriminação, chegaram ao poder em diversos países.

Cerca de 4,5 mil organizações participaram desta edição do fórum, que se apresenta como ponto de encontro daqueles que questionam a globalização liberal, frente ao Fórum Econômico Mundial de Davos, que reúne, anualmente, na Suíça, líderes econômicos, financeiros e políticos mundiais.

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A Primavera Árabe teve início na Tunísia, mas organizações da sociedade civil temem que os islamitas do Ennahda, no poder, questionem a longa tradição de emancipação feminina. O partido é acusado de querer limitar os direitos das mulheres, embora tenha desistido de incluir a sharia - lei islâmica - na Constituição.