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Ministro do Paraguai critica presidência da Venezuela no Mercosul

O Paraguai está suspenso do bloco regional desde a destituição do ex-presidente Fernando Lugo em junho de 2012, classificada de "golpe parlamentar" pelos presidentes de Argentina, Brasil e Uruguai

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Fernández, criticou nesta segunda-feira (25/3) a concessão da presidência semestral do Mercosul à Venezuela, que acontecerá na próxima cúpula do bloco, em junho.

"O Paraguai deveria ter ficado com a presidência. A partir deste momento, haverá uma ilegalidade nas disposições", disse Fernández em uma entrevista coletiva à imprensa.

O Paraguai está suspenso do bloco regional desde a destituição do ex-presidente Fernando Lugo em junho de 2012, classificada de "golpe parlamentar" pelos presidentes de Argentina, Brasil e Uruguai.

Nicolás Maduro, presidente interino da Venezuela, revelou no sábado que, se vencer as eleições de 14 de abril, deve assumir a presidência interina do Mercosul na cúpula de Montevidéu.



Fernández reiterou que o ingresso da Venezuela no bloco regional continua sendo nulo sem a aprovação do Congresso do Paraguai.

"A nosso ver, a Venezuela não foi legalmente incorporada ao Mercosul. Seu ingresso viola os tratados constitutivos", ressaltou.

Consultado sobre o não reconhecimento de seu governo pelos membros do bloco, Fernández respondeu: "Cedo ou tarde terão que reconhecer que a democracia do Paraguai é melhor do que a de outras latitudes".

Sobre a marginalização do país dos fóruns internacionais, o chanceler considerou que seu país não está isolado, apesar do boicote dos países da "área bolivariana", referindo-se a Argentina, Brasil, Uruguai, Bolívia, Peru, Equador e Venezuela, além de Nicarágua e Cuba.