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Cristãos palestinos e peregrinos celebram Domingo de Ramos em Jerusalém

Porta-voz da polícia israelense estimou o número de peregrinos em 35 mil, número superior ao registrado nos anos anteriores



Hanan Ashrawi, membro da direção da OLP, considerou que "não deveria ser necessário ter uma autorização para visitar sua cidade natal", os palestinos consideram Jerusalém Oriental, ocupada e anexada, como a capital de seu futuro Estado.

"A liberdade de religião é um direito humano fundamental para todos os nossos cidadãos cristãos e muçulmanos, um direito que é sistematicamente violado pela força de ocupação estrangeira", insistiu em um comunicado.

O Domingo de Ramos é completado - na presença de uma grande força policial - por um desfile de fanfarras palestinas, ao som de tambores e gaitas de foles, um legado do mandato britânico sobre a Palestina, até a Porta Nova da Cidade Velha.

O Domingo de Ramos comemora a última visita de Jesus a Jerusalém, onde, de acordo com o Evangelho, foi triunfalmente recebido por uma multidão, antes de ser crucificado, alguns dias depois, e ressuscitado na manhã de Páscoa.

Os cristãos representava mais de 18% da população da Terra Santa durante a criação do Estado de Israel em 1948, mas agora são menos de 2%, em sua maioria ortodoxos, que vão celebrar o Domingo de Ramos no dia 28 de abril e a Páscoa em 5 de maio

Enquanto isso, as festividades da Páscoa judaica, que comemora a saída dos judeus do Egito, segundo a tradição bíblica, começará segunda-feira e terá uma duração de oito dias.

Nesta ocasião, o exército israelense impôs um bloqueio da Cisjordânia a partir de domingo à noite até 26 de março à noite. Durante este período, os palestinos não serão autorizados a ir a Israel, exceto para casos humanitários e para as pessoas que necessitam de tratamento médico.

O Ministério do Turismo israelense anunciou que espera 150 mil visitantes durante a Páscoa.