A polícia de Paris informou que "os números definitivos serão comunicados no início da semana".
Os organizadores esperam desta vez uma "melhor visibilidade" do "número de participantes" e um "efeito de massa".
Gás lacrimogêneo foi lançado por guardas para "manter os manifestantes", que tentavam ter acesso ao Champs-Elysées, um perímetro "interditado" aos organizadores da manifestação.
"Entre 100 e 200 pessoas tentaram forçar uma barreira policial para entrar nos Champs-Elysées", explicou um porta-voz da polícia.
O presidente da UMP, Jean-François Copé, presente na manifestação, pediu que "François Hollande preste contas" após famílias terem sido vítimas de gás lacrimogêneo.
Líderes da Frente Nacional (extrema-direita) também estavam presentes.
"Não desistiremos"
Telões foram instalados do Arco da Defesa até o Arco do Triunfo. Faixas foram penduradas nas varandas: "Não toquem em minha filiação", "Queremos emprego, não casamento gay" ou ainda "Não ao gay-extremismo".
"Não desistiremos", assegurou Marie, 30 anos. "Viemos defender o fato de que a família composta por um pai e uma mãe é o melhor para as crianças", ressaltou.
Claire, de 35 anos, considerou por sua vez que "os direitos das crianças devem prevalecer sobre os dos adultos, mesmo se a frustração de não poder ter filhos deva ser extremamente difícil". Ela teme que a procriação medicamente assistida seja "a continuação lógica deste projeto de lei". Ou que "significaria a comercialização das crianças", disse.
Durante uma breve coletiva imprensa, Frigide Barjot, uma das principais organizadoras do evento, exortou o presidente Hollande a se concentrar mais nos problemas econômicos do país em vez das famílias: "Queremos que o presidente cuide da economia e deixe a família em paz", declarou.
Os opositores querem pedir a François Hollande que retire o texto para ser submetido a um referendo.
Segundo eles, este projeto, que possibilita o casamento e a adoção por casais do mesmo sexo, "perturba totalmente a sociedade, negando o parentesco e a filiação natural" e isso teria "consequências econômicas, sociais e étnicas incalculáveis".