Não é a primeira vez que os Estados Unidos realizam voos de treinamento de bombardeiros no céu sul-coreano, mas nesta ocasião Washington quer enviar "um sinal muito forte" de seu compromisso junto ao seu aliado sul-coreano. Pyongyang advertiu que responderia de maneira vigorosa caso estes voos de B-52 continuassem.
"Se o inimigo nos ameaça com armas nucleares, nós responderemos com ataques nucleares mais potentes ainda", acrescentou o porta-voz do exército norte-coreano. A Coreia do Norte colocou em alerta a sua população e o exército nesta quinta-feira, indicou o ministério da Unificação sul-coreano. O alerta foi transmitido à população por rádio, disse à AFP um porta-voz do ministério encarregado das relações entre as duas Coreias.
[SAIBAMAIS]"Acreditamos que são manobras militares aéreas", indicou outra autoridade do Governo sul-coreano. Na origem deste contexto explosivo está o bem-sucedido lançamento de um foguete realizado pela Coreia do Norte em dezembro e que Seul e seus aliados consideraram um míssil balístico. Este lançamento foi seguido em fevereiro por um terceiro teste nuclear ao qual o Conselho de Segurança da ONU respondeu com novas sanções contra Pyongyang.
Diante desta nova série de sanções votada pelo Conselho de Segurança da ONU no início de março, a Coreia do Norte ameaçou realizar um ataque nuclear preventivo. O Japão, por sua vez, afirmou que manterá a estratégia estabelecida junto aos Estados Unidos e à Coreia do Sul, seus aliados, "independentemente dos recentes comentários da Coreia do Norte", que chamou de "atos de provocação".
Na frente cibernética, Seul anunciou que o vasto ataque de quarta-feia contra as redes informáticas de várias emissoras de televisão e bancos na Coreia do Sul tem sua origem em um endereço IP na China. No passado, este tipo de ataques, atribuídos à Coreia do Norte, já haviam sido originados na China.
"Por razões geopolíticas, é conveniente para a Coreia do Norte utilizar um endereço IP chinês para realizar estes ataques", já que a potência chinesa serve de defesa para Pyongyang, explicou Choi Yun-Seong, especialista em segurança do Instituto de Pesquisa Pública de Tecnologias da Informação.