Ancara, Turquia - O ministro do Interior turco, Muamer Güler, expressou sua satisfação nesta quinta-feira pelo cessar-fogo que o líder separatista curdo Abdullah Ocalan pediu aos combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, proibido). "Ele utiliza a linguagem da paz, agora temos de ver isso na prática", afirmou Güler, citado pela agência de notícias Anatolia.
O líder separatista curdo Abdulah Ocalan pediu nesta quinta-feira (21/3) aos partidários que abandonem a luta armada contra as autoridades turcas e concentrem-se no combate político, depois de quase três décadas de um conflito que deixou 45 mil mortos. "Entramos numa etapa na qual as armas devem calar", afirmou Ocalan em uma carta escrita na cela em que está preso e lida em Diyarbakir (sudeste) ante milhares de pessoas por um legislador curdo.
[SAIBAMAIS]Ele também pediu aos insurgentes armados do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) que se retirem da Turquia, alegando que "é hora da política prevalecer". Durante as discussões sobre um plano de paz, o governo turco exigiu que os cerca de 2 mil combatentes do PKK abandonassem o território turco antes do outono (boreal) e se comprometeu em obter para eles salvo-condutos para que permaneçam no Iraque.
O pedido de cessar de hostilidades põe fim a vários meses de negociações secretas entre os serviços de inteligência turcos e Ocalan, preso desde 1999 e paga, na ilha de Imrali, perto de Istambul, uma pena de