Pequim- O Parlamento chinês elegeu nesta quinta-feira (14/3) Xi Jinping para a presidência da República, uma formalidade para o novo chefe do Partido Comunista (PCC) e que conclui a transição iniciada em novembro passado no comando da segunda potência econômica mundial.
Na memória recente não há outra figura comparável que tenha acumulado tal poder em tão pouco tempo", afirmou Willy Lam, especialista em política chinesa da Universidade de Hong Kong. Mas, apesar dos títulos, Xi Jinping ainda está longe de ter carta branca e deve entrar em acordo com seus pares, já que o consenso dentro do Comitê Permanente do Bureau Político do PCC, seu órgão supremo, é uma regra.
Primeiro dirigente nascido após a fundação do regime comunista chinês por Mao Tse Tung, em 1949, Xi Jinping é filho de um dos heróis da revolução e por este motivo é um dos "príncipes vermelhos" do país. Xi Jinping se comprometeu em novembro a combater a corrupção crescente dentro do Partido Comunista e a melhorar a vida de uma população cada vez mais cética sobre a vontade do PCC de empreender reformas políticas.
A vice-presidência foi atribuída a um membro do gabinete político que tem fama de reformista, Li Yuanchao, que derrotou o favorito, Liu Yunshan, um conservador que comanda há 10 anos a propaganda e a ideologia. ANP deve concluir no sábado a designação dos novos dirigentes do Conselho de Estado (governo), antes de concluir os trabalhos no domingo, com o esperado discurso do novo presidente chinês.