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Inteligência dos EUA está pessimista com o futuro do Afeganistão

A insurreição dos talibãs no Afeganistão diminuiu em algumas regiões, mas segue ativa, destaca um relatório de várias agências de inteligência dos Estados Unidos

Washington - A insurreição dos talibãs no Afeganistão diminuiu em algumas regiões, mas segue ativa, destaca um relatório de várias agências de inteligência dos Estados Unidos que apresenta uma visão mais pessimista da situação que o Pentágono.

No relatório anual enviado ao Congresso sobre os perigos no mundo, a comunidade de inteligência americana enfatiza que as previsões não são boas no que diz respeito à economia afegã, enquanto os avanços na guerra contra os talibãs seguem tímidos.

"Acreditamos que a insurreição talibã diminuiu em certas regiões do Afeganistão, mas segue resistindo e é capaz de contrariar os planos americanos e da comunidade internacional", indica o relatório, apresentado nesta terça-feira ao Congresso pelo chefe da inteligência do Estados Unidos, James Clapper.

Os chefes talibãs se escondem no vizinho Paquistão, "o que permite que comandem a insurreição sem correr riscos", explicou.


Os avanços na segurança das regiões em que numerosas tropas americanas estão implantadas são "muito frágeis". Estas zonas estão passando, lentamente, para o controle do exército e da polícia afegãos.

Essas conclusões são mais pessimistas do que as do Pentágono e dos chefes militares, que falam de importantes avanços e de divisões internas em grupos talibãs que vêm perdendo poder.

Ao contrário do que acredita o Pentágono, o relatório de inteligência afirma que os talibãs seguem capazes de controlar cidades e estradas estratégicas perto das regiões sobe domínio do governo.

O documento observa, contudo, que a influência da rede Al-Qaeda diminuiu, tem margem de manobra limitada e que sua atividade é mais propagandística do que militar.