Tôquio - Cientistas japoneses conseguiram nesta terça-feira (12/3) pela primeira vez extrair do fundo do mar gás a partir de hidrato de metano, uma fonte de energia que poderia salvar o Japão da deficiência energética.
Após vários anos de preparativos, o primeiro teste começou durante a manhã, informou o ministro da Indústria do Japão, Toshimitsu Motegi. "Pretendemos consolidar as tecnologias para explorá-las comercialmente", explicou. "Conseguimos produzir um pouco de gás esta manhã, quatro horas depois do início do teste", afirmou uma fonte do ministério. O objetivo é alcançar uma extração estável durante duas semanas.
Motegi manifestou satisfação, pois tecnicamente a produção de gás a partir de hidrato de metano é mais complexa que a de gás de xisto, considerado por alguns como um recurso revolucionário. O teste da extração, coordenado pela empresa estatal japonesa de Petróleo, Gás e Metais (JOGMEC) e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão, aconteceu na costa do município de Aichi.
O experimento, realizado a 330 metros debaixo da terra (1.000 metros de profundidade marinha), consiste em provocar uma queda da pressão para recuperar o gás, preso na água de forma cristalina. O fundo do mar do arquipélago nipônico contém grandes quantidades deste recurso."O Japão está cercado (por este gás), mas, por exemplo, é encontrada pouca quantidade nas costas do leste da África. Isto se explica porque os hidratos de metano se encontram presentes sobretudo em lugares fortemente sísmicos", explicou Chiharu Aoyama, especialista em recursos energéticos.
Segundo algumas estimativas, o Japão teria quantidades equivalentes a um século de consumo energético. Atualmente, o país depende da produção estrangeira, pois importa 95% da energia que consome. Além disso, o consumo de gás no Japão aumentou nos últimos dois anos, desde que a grande maioria dos 50 reatores nucleares do país foram paralisados após o acidente nuclear de Fukushima em 2011.
O atual governo considera a situação como algo economicamente insustentável e propõe retomar a operação dos reatores atômicos considerados seguros. "Desejo que chegue rapidamente o dia em que o Japão possa utilizar seus recursos naturais e consiga superar um a um todos os obstáculos", declarou Motegi.
Os hidratos de metano foram descobertos há dois séculos, mas até agora nenhum país havia conseguido extraí-lo pela dificuldade técnica e pelo alto custo da perfuração de um poço no fundo do mar. Os avanços tecnológicos do Japão, o país mais avançado neste campo, são essenciais.
O Estado nipônico criou em 2001 um consórcio para explorar os hidratos de metano. O projeto de pesquisa, que deve prosseguir até 2019, prevê um segundo teste de extração entre 2014 e 2015. Este tipo de gás é teoricamente adequado para o transporte de longas distâncias e, eventualmente, poderia competir com o gás natural liquefeito (GNL) ou o gás de xisto.
Uma das principais vantagens é que a temperatura e a pressão necessárias para sua estabilização são menos estritas que as do GNL.
Após vários anos de preparativos, o primeiro teste começou durante a manhã, informou o ministro da Indústria do Japão, Toshimitsu Motegi. "Pretendemos consolidar as tecnologias para explorá-las comercialmente", explicou. "Conseguimos produzir um pouco de gás esta manhã, quatro horas depois do início do teste", afirmou uma fonte do ministério. O objetivo é alcançar uma extração estável durante duas semanas.
Motegi manifestou satisfação, pois tecnicamente a produção de gás a partir de hidrato de metano é mais complexa que a de gás de xisto, considerado por alguns como um recurso revolucionário. O teste da extração, coordenado pela empresa estatal japonesa de Petróleo, Gás e Metais (JOGMEC) e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão, aconteceu na costa do município de Aichi.
O experimento, realizado a 330 metros debaixo da terra (1.000 metros de profundidade marinha), consiste em provocar uma queda da pressão para recuperar o gás, preso na água de forma cristalina. O fundo do mar do arquipélago nipônico contém grandes quantidades deste recurso."O Japão está cercado (por este gás), mas, por exemplo, é encontrada pouca quantidade nas costas do leste da África. Isto se explica porque os hidratos de metano se encontram presentes sobretudo em lugares fortemente sísmicos", explicou Chiharu Aoyama, especialista em recursos energéticos.
Segundo algumas estimativas, o Japão teria quantidades equivalentes a um século de consumo energético. Atualmente, o país depende da produção estrangeira, pois importa 95% da energia que consome. Além disso, o consumo de gás no Japão aumentou nos últimos dois anos, desde que a grande maioria dos 50 reatores nucleares do país foram paralisados após o acidente nuclear de Fukushima em 2011.
O atual governo considera a situação como algo economicamente insustentável e propõe retomar a operação dos reatores atômicos considerados seguros. "Desejo que chegue rapidamente o dia em que o Japão possa utilizar seus recursos naturais e consiga superar um a um todos os obstáculos", declarou Motegi.
Os hidratos de metano foram descobertos há dois séculos, mas até agora nenhum país havia conseguido extraí-lo pela dificuldade técnica e pelo alto custo da perfuração de um poço no fundo do mar. Os avanços tecnológicos do Japão, o país mais avançado neste campo, são essenciais.
O Estado nipônico criou em 2001 um consórcio para explorar os hidratos de metano. O projeto de pesquisa, que deve prosseguir até 2019, prevê um segundo teste de extração entre 2014 e 2015. Este tipo de gás é teoricamente adequado para o transporte de longas distâncias e, eventualmente, poderia competir com o gás natural liquefeito (GNL) ou o gás de xisto.
Uma das principais vantagens é que a temperatura e a pressão necessárias para sua estabilização são menos estritas que as do GNL.