Enquanto aguardam para entrar na capela ardente da Academia Militar de Caracas e se despedir de seu comandante, chavistas compram fotos e outros objetos que remetam a ele. Um comércio que supera o de imagens do libertador Simón Bolívar. Muitos venezuelanos não escondem a alegria de poder vê-lo quando quiserem e repudiam críticas sobre um possível culto personalista em torno de Chávez, um movimento comum nas grandes ditaduras. ;Foi uma decisão tomada pelos familiares, para que o povo venezuelano continue a vê-lo. É um presidente a mais que será embalsamado. Eu não vejo porque compará-lo a um tirano;, afirma Diva Campos, 28 anos, moradora de Caracas. Questionada sobre a forma polêmica de Chávez governar, ela reconheceu que o líder falecido perseguia veículos de comunicação. ;Havia muita imprensa maldita. Em outros países, as mesmas decisões de Chávez já foram tomadas. Era uma censura aberta. O presidente foi criticado por isso, mas estou de acordo.;