Tunes - O islamita Ali Larayedh anunciou nesta sexta-feira (8/3) a composição do novo governo da Tunísia, ratificando uma aliança ampliada a independentes que terá a dura tarefa de tirar o país antes do fim do ano da crise política e de segurança.
Após duas semanas de negociações "maratônicas", o ministro do Interior em fim de mandato apresentou sua equipe, que ratifica a aliança entre o partido islamita Ennahda e seus dois aliados laicos, o Congresso Para a República do presidente Moncef Marzuki e Ettakatol, na falta de ter conseguido ampliá-la a outras forças políticas. "Este governo é para um período que irá no máximo até o final de 2013", declarou Larayedh, sugerindo que a Constituição foi adotada até esta data e que as eleições legislativas e presidenciais serão celebradas antes do terceiro aniversário da revolução, em janeiro de 2014.
Ele não quis dar dados sobre o calendário eleitoral e indicou que se trata de uma prerrogativa da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), ao mesmo tempo em que se referiu aos meses de "outubro-novembro" de 2013. Em sua conta Twitter, o Ennahda destacou que seus membros só representam 28% do novo gabinete (40% no anterior), enquanto os separatistas contam agora com 48% das pastas.
Sem surpresa, os ministérios mais importantes foram confiados a personalidades independentes, pois o partido islamita tinha cedido no final de fevereiro a esta reivindicação de seus sócios e da oposição. O Ministério do Interior foi atribuído a um procurador, Lotfi Ben Jeddou, e o de Relações Exteriores a um veterano da diplomacia tunisiana, Othmane Jarandi, enquanto os ministérios da Defesa e da Justiça, a Rachid Sabagh e Nadhir Ben Ammou. Estes quatro homens não são conhecidos do grande público.