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Assad não sairá e Rússia não pressionará, afirma ministro russo

A Rússia, que fornece armas a Damasco, bloqueou, ao lado da China, todos os projetos de resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenavam o regime de Assad

Londres - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou estar convencido de que o presidente sírio Bashar al-Assad não deixará o poder e insistiu que seu país não tem "em absoluto" a intenção de pedir sua saída, em uma entrevista à BBC. "Não cabe a nós decidir quem devem governar a Síria. Os sírios devem decidir", declarou o ministro, reiterando assim a posição russa no conflito sírio, que, segundo a ONU, provocou quase 70.000 mortes em dois anos.

[SAIBAMAIS]Ao ser questionado se existia alguma possibilidade da Rússia pressionar Assad para que ele deixe o poder, respondeu: "Em absoluto. Sabem que temos por princípio não intervir nas mudanças de regime. Somos contrários a interferir nos conflitos internos". "Assad não sairá, sabemos com certeza. Todos os que estão em contato com ele sabem que não exagera", afirmou Lavrov.



A Rússia, que fornece armas a Damasco, bloqueou, ao lado da China, todos os projetos de resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenavam o regime de Assad. Também nesta sexta-feira o ex-primeiro-ministro sírio e dissidente Riad Hijab pediu ao Conselho de Segurança da ONU que garanta a proteção do povo sírio e autorize o fornecimento de armas à oposição.

"Pedimos aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que assumam suas responsabilidades para proteger o povo sírio", declarou Hijab durante uma reunião em Doha de seu partido, o Grupo Nacional Livre. Hijab criticou os que dizem "temer que a Síria caia nas mãos de extremistas ou em guerra civil", para justificar a oposição ao repasse de armas ao Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes).