, Caracas refletia, nessa quarta-feira (6/3), o impacto causado pela perda do presidente, que esteve à frente do país por 13 anos. O movimento na cidade concentrou-se no trajeto de 8 quilômetros por onde passou o cortejo. O caixão foi levado do Hospital Militar, onde Chávez morreu, à , onde o corpo está sendo velado. Em clima de emoção, milhares de pessoas acompanharam o cortejo.
Debaixo de sol forte, o presidente foi lembrado em bonecos, com fotos, cartazes e nas roupas vermelhas, cor que elegeu para o seu governo. Entre os eleitores de Chávez ninguem queria comentar o futuro político da Venezuela, o tema era o próprio presidente e o que ele representou para o país.
A faxineira Ana Rodriguez, de 44 anos, levou flores para homenageá-lo. "Elas murcharam porque saí de casa às 6h e agora são 16h", lamentou. Ela disse que a notícia da morte doeu muito. "Meu coração está partido, acordei muito triste e nem consigo falar direito", contou à Agência Brasil.
Longe da Academia Militar, onde ocorre o velório, a cidade manteve-se silenciosa. Escolas e repartições públicas não foram abertas por causa do luto oficial de sete dias declarado pelo governo, e o comércio também não funcionou normalmente. Quase todas as lojas, restaurantes e supermercados estiveram fechados nessa quarta-feira (6).
A morte de Chávez também se refletiu na rede hoteleira de Caracas. Os hotéis estão quase todos lotados pelo grande número de pessoas que chegam à capital a fim de acompanhar o funeral.
Os presidentes que estarão na cerimônia, prevista para esta sexta-feira (8), já começaram a chegar. O primeiro foi Evo Morales, da Bolívia, que acompanhou o presidente em exercício, Nicolás Maduro, em parte do cortejo até a Academia Militar. José Mujica, do Uruguai, e Cristina Kirchner, da Argentina, também já estão em Caracas. A presidenta Dilma Roussef, deve chegar hoje (7), por volta das 14h30 (horário local).