Washington - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (6/3) o projeto para financiar o governo federal até o final de setembro, que tem como objetivo ampliar o orçamento além da lei vigente, que expira no final de março.
A Câmara aprovou com 267 votos a favor e 151 contra o projeto para financiar o governo até o fim do ano fiscal de 2013, 30 de setembro, baseado no nível atual de gastos.
Na próxima semana, o Senado, controlado pelos democratas, votará seu próprio projeto de financiamento e as duas versões deverão ser combinadas, para que o presidente Barack Obama promulgue a lei definitiva.
O governo está financiado apenas até dia 27 de março, segundo uma lei aprovada em setembro. Sem uma votação do Congresso para prolongá-la, os serviços públicos não essenciais serão obrigados a fechar, com milhares de funcionários em licença não remunerada.
Este problema já aconteceu no final de 1995 durante 21 dias, em uma memorável disputa entre o presidente democrata Bill Clinton e a Câmara dos Deputados com maioria republicana.
Na terça-feira, o governo se manifestou "profundamente preocupado com as consequências" do texto que foi aprovado nesta quarta-feira na Câmara, mas se absteve de fazer uma ameaça de veto.
A lei votada não anula os cortes dos gastos automáticos que entraram em vigor na sexta-feira, que afetarão em 8% o orçamento de Defesa e em 5% o de outras agências governamentais, incluindo o serviço de alfândega, o controle do tráfego aéreo e o FBI. A imprensa norte-americana destacou nesta quarta-feira que as advertências da Casa Branca sobre as consequências deste rigor automático eram exageradas em algumas áreas.