O problema de saúde que levou Hugo Chávez à morte se mantém sob o mesmo espectro de mistério de todos os anúncios feitos sobre a doença até então. Antes de assumir a existência do câncer, em 30 de junho de 2011, o líder venezuelano divulgou que sofria de uma lesão no joelho e, em seguida, de um abscesso pélvico. O exato órgão do corpo tomado pelo mal ou operado nas quatro cirurgias a que ele se submeteu nunca foi confirmado. Por duas vezes, Chávez declarou estar curado da doença até admitir, em outubro de 2012, que sua saúde debilitada afetou o desempenho da última campanha presidencial em que alcançou a reeleição. Um dia antes da morte do líder, o ministro de Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, informou um ;agravamento; do quadro respiratório com uma ;nova e severa infecção;.
A última cirurgia a que Hugo Chávez se submeteu não teve seus resultados apresentados com o mesmo otimismo que as anteriores. A primeira operação para retirada do tumor, seguida de quatro sessões de quimioterapia, foi considerada bem-sucedida. A efetividade do tratamento pôde ser confirmada nos meses posteriores, nos quais o líder, de cabeça raspada, manteve uma certa rotina de pronunciamentos. A reincidência da doença no primeiro semestre de 2012 levou a duas cirurgias consecutivas, sessões de radioterapia e, mais uma vez, o ;fim bem-sucedido do tratamento;. Em julho do mesmo ano, Chávez declarou estar ;totalmente livre; do câncer na região pélvica e negou que sua saúde pudesse influenciar na eleição três meses depois.