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Nicolás Maduro assume na Venezuela e convoca eleições em 30 dias

A informação foi anunciada pelo chanceler Elías Jaua

Caracas - O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assumirá a presidência da Venezuela após a morte de Hugo Chávez, neste terça-feira, e convocará eleições "nos próximos 30 dias", informou o chanceler Elías Jaua.

"Agora que se produziu a vacância absoluta, assume o vice-presidente da República como presidente e se convoca eleições nos próximos 30 dias. Estas foram as ordens do comandante presidente Hugo Chávez", disse Jaua à TV estatal Telesur.

Chávez nos pediu para "acompanhar Nicolás Maduro, o companheiro Nicolás Maduro nesta tarefa e vamos fazer isto", destacou o chanceler.



Antes de ser operado pela quarta vez do câncer, em dezembro passado, em sua última aparição pública, Chávez nomeou Maduro como seu herdeiro político e pediu aos venezuelanos que o levassem à presidência caso não pudesse seguir governando.

Mais cedo, o deputado governista Fernando Soto Rojas disse que o poder seria entregue ao presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

"Aqui não há vazio de poder, a Assembleia Nacional, com seu presidente Diosdado Cabello, deve assumir o comando do Estado e, posteriormente, iremos ao processo eleitoral", afirmou Soto, destacando que Maduro será o candidato governista.

A Constituição venezuelana estabelece que diante da "falta absoluta" de um presidente eleito antes da posse, se "procederão" eleições no prazo de 30 dias, com o presidente do Parlamento liderando o governo neste período.

Caso a vacância ocorra durante os primeiros quatro anos de mandato, se procede igualmente com eleições, mas a presidência interina é entregue ao vice-presidente.

Chávez, 58 anos e no poder desde 1999, foi reeleito em outubro passado para um novo mandato de seis anos, mas sua posse em janeiro foi adiada pelo Supremo Tribunal até a recuperação do presidente.

Cabello conclamou o ;chavismo; a permanecer unido e a não "falhar" com Hugo Chávez.

"Com sua ação e suas palavras, Chávez nos convocou a estar unidos a cada dia. Estamos obrigados a não falhar com o comandante", os governistas não poderão "descansar" até "o dia que esta revolução seja uma revolução de verdade".

"Teremos mais batalhas e todas estarão sob o comando de Hugo Chávez. Se ele foi capaz de levantar as bandeiras de (Simón) Bolívar 200 anos depois, nós precisamos carregar as bandeiras de Chávez".