Doha - O secretário de Estado americano, John Kerry, estendeu nesta terça-feira a mão na direção do líder norte-coreano Kim Jong-Un ao convidá-lo a buscar uma solução "pacífica" a respeito do programa nuclear de Pyongyang.
"Aos invés de ameaçar cancelar (o armistício de 1953), o mundo seria melhor se a Coreia do Norte entrasse num diálogo para iniciar negociações legítimas", declarou Kerry durante uma coletiva de imprensa em Doha, onde encerrou uma viagem de dez dias pela Europa e pelo oriente médio.
Kim Jong-Un "precisa atuar de forma responsável para que possamos ter paz na região", afirmou o chefe da diplomacia americana, que ainda disse que preferia "negociações para uma solução pacífica da crise a trocas de ameaças".
Kerry também assegurou que Washington "continuará fazendo todo o preciso para defender a nação e seus aliados na região".
Kerry também deu breves entrevistas às televisões americanas que o acompanharam durante a viagem.
"Basta não lançar o próximo míssil, não fazer o próximo teste nuclear. Ele (Kim Jon-Un) só precisa dizer que está disposto a negociar e todos estarão dispostos a começar o diálogo, estou convencido isso", disse Kerry ao ser entrevistado pela CNN.
A situação na região ficou mais tensa nesta terça-feira, quando a Coreia do Norte ameaçou cancelar o armistício de 1953 que encerrou a guerra.
Pyongyang também ameaçou tomar medidas "firmes" em resposta ao que chamou de "atitude hóstil" dos Estados Unidos a seu respeito.
Washington sugeriu ao Conselho de Segurança da ONU, com o acordo de Pequim, impor sanções adicionais, principalmente financeiras, contra a Coreia do Norte, após o teste nuclear realizado no dia 12 de fevereiro.