Moscou - A Rússia considerou nesta sexta-feira (1;/3), que as decisões tomadas durante a conferência em Roma dos "Amigos do Povo Sírio", que se comprometeram a fornecer mais ajuda política e material à oposição síria, encoraja os extremistas a tomar o poder pela força.
"As decisões tomadas em Roma, e as declarações que foram feitas, encorajam os extremistas a tomar o poder pela força, apesar dos sofrimentos dos sírios que serão inevitáveis", declarou o porta-voz da diplomacia russa, Alexandre Lukachevich, citado em um comunicado. "Para nós, atualmente, o objetivo urgente é deter imediatamente o derramamento de sangue e a violência, e estabelecer um diálogo político", informou, acrescentando que o fato de que "não havia solução militar para a crise na Síria amadureceu na comunidade internacional".
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Na quinta-feira (28/2), os Estados Unidos anunciaram uma ajuda adicional de 60 milhões de dólares para a oposição política síria e, pela primeira vez, ajudas diretas não letais para a rebelião, mas não armas. Antes, os 11 países da conferência dos "Amigos do Povo Sírio" haviam prometido "mais apoio político e material à Coalizão (...) e mais ajuda concreta ao interior da Síria".
Em Bruxelas, a União Europeia (UE) prolongou formalmente por três meses o regime de sanções contra a Síria e autorizou o fornecimento de equipamentos não letais e de ajuda técnica para a oposição com o objetivo de que possa proteger os civis. A Rússia mantém relações estreitas com Damasco, para quem fornece armas, e no passado bloqueou, junto com a China, todos os projetos de resolução do Conselho de Segurança da ONU de condenação ao regime de Bashar al-Assad.