A caminho do conclave
A renúncia do pontífice, a primeira desde Celestino V em 1294, abre caminho para a realização do conclave para eleger um novo Papa, que pode começar na segunda semana de março se todos os cardeais já estiverem em Roma. Entre os nomes que mais aparecem, figuram os dos cardeais brasileiros Claudio Hummes, Odilo Scherer ou João Braz de Aviz, assim como do filipino Luis Antonio Tagle ou do canadense Marc Ouellet, um grande conhecedor da América Latina.
A decisão de Bento XVI marca um precedente na história da Igreja Católica, que conta com 1,1 bilhão de fiéis em todo o mundo. Entre os temas que o próximo papa terá sobre a mesa figuram a difusão da mensagem católica para além da congregação de fiéis, a modernização da instituição e a resposta às acusações de corrupção e de acobertamento de padres pedófilos.
O pontífice revelou que deu o passo da renúncia ;com profunda serenidade de espírito;, e que a decisão tomada foi a mais correta, não para o bem dele, mas para o bem da Igreja. ;Sou consciente da gravidade e novidade de minha renúncia. (...) Amar a Igreja também significa a coragem de fazer escolhas difíceis;. Disse que em oito anos viveu momentos de alegria e também momentos difíceis, mas ressaltou que a caminhada foi acompanhada por todo o clero. ;Um papa não está sozinho na condução da barca de Pedro". Terminou o discurso dizendo que continuará acompanhando o caminho da Igreja com o coração e com orações. ;Peço que me lembrem diante de Deus e que orem pelos cardeais, chamados a uma tarefa tão relevante, e pelo sucessor do apóstolo Pedro;. Ele foi fortemente aplaudido pelo público e pelos cardeais, que aparentavam grande emoção.
Com informações da France Presse