Cuba - Cuba denunciou nesta quarta-feira (27/2) um novo ato arbitrário dos Estados Unidos para com um dos agentes cubanos colocados em liberdade condicional após 13 anos de prisão, mas privado de visita consular desde setembro, segundo Havana.
René Gonzalez, 56 anos, "foi submetido a um novo ato arbitrário por parte do governo dos Estados Unidos que endureceu as condições de sua liberdade condicional (...) com o objetivo de continuar a puni-lo após tantos anos de tratamento injusto e cruel", afirma um comunicado do ministério cubano das relações exteriores.
"Desde setembro de 2012, o departamento de Estado rejeitou todos os pedidos da seção de interesses da embaixada de Cuba em Washington para que seus funcionários diplomáticos cubanos visitassem René", explicou o ministério. "Estas visitas foram autorizadas em permanência durante os 13 anos que ele passou na prisão e os primeiros meses de sua liberdade condicional", a partir de outubro de 2011, ressaltou o comunicado cubano. "Cuba denuncia energicamente esta decisão arbitrária das autoridades dos Estados Unidos que viola os direitos de René, e traz o governo americano como responsável pela segurança e pela integralidade física deste combatente anti-terrorista", afirma o ministério.
René Gonzalez faz parte de um grupo de cinco agentes cubanos presos nos Estados Unidos em 1998 e condenados na Flórida a rígidas penas de prisão por espionagem.
Os cinco homens - René Gonzalez, Gerardo Hernandez, Ramon Lebañino, Antonio Guerrero e Fernando Gonzalez - são considerados em cuba como "heróis da luta antiterrorista" que haviam se infiltrado em ambientes anticastristas da Flórida para prevenir atentados contra Cuba.