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Mais de 40 soldados e rebeldes são mortos em 24 horas na Síria

A maioria das vítimas morreram nos arredores da academia de polícia de Khan al-Assal, um dos últimos bastiões leais ao regime no oeste da província e palco de violentos confrontos há vários dias, de acordo com a organização.

Beirute - Ao menos 30 soldados e 16 rebeldes foram mortos em 24 horas de combates em uma cidade na província de Aleppo, no norte da Síria, onde os rebeldes derrubaram um helicóptero do exército, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).



A maioria das vítimas morreram nos arredores da academia de polícia de Khan al-Assal, um dos últimos bastiões leais ao regime no oeste da província e palco de violentos confrontos há vários dias, de acordo com a organização. "Os insurgentes assumiram o controle de um edifício onde os soldados estavam entrincheirados após uma batalha" e tomaram como refém "dezenas de membros armados dos comitês populares pró-regime", informou o OSDH .

O jornal al-Watan, próximo ao regime, afirmou nesta segunda-feira (25/2) que "os membros da academia de polícia realizaram pelo segundo dia consecutivo ataques intensivos" contra "homens armados que sofreram consideráveis perdas".

Ao norte de Aleppo, "um helicóptero foi visto caindo em chamas depois de ser atingido perto do aeroporto militar de Mingh", anunciou o OSDH.

Os rebeldes cercam a base de Mingh há meses e atacam o local com foguetes, como parte de uma campanha para assumir o controle dos aeroportos.

Os rebeldes já expulsaram as forças do regime de grandes áreas nas províncias de Aleppo, Idleb (noroeste), Raqqa (norte), Hasaka (nordeste), mas permanecem sob a ameaça de bombardeios da aviação do regime ou de mísseis.

Nesta segunda-feira (25/2), aviões bombardearam aldeias de Jabal Zawiya, na província de Idleb, causando pelo menos cinco mortes, e os subúrbios sul e leste de Damasco, matando um adulto e uma criança, relatou o OSDH. Na capital, as tropas leais ao regime bombardearam Jobar, um reduto da oposição.

O jornal Al-Watan também anunciou que morteiros caíram no último domingo (24/2) "em igrejas de Damasco". "Os terroristas dispararam morteiros contra a Igreja Latina (na cidade velha), causando danos e ferindo uma mulher. Eles também dispararam um morteiro em casas em Qassaa, causando mais danos materiais", de acordo com o al-Watan.

No último domingo (24/2), a violência causou a morte de pelo menos 141 pessoas, incluindo 61 civis, em todo o país, de acordo com o OSDH.