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Patriota condena violência na Síria, mas rebate uso de forças militares

O ministro está em Genebra, na Suíça, onde participa da reunião denominada Segmento de Alto Nível da 22ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, condenou nesta segunda-feira (25/2) a violência na Síria, apelando para que a comissão que investiga as denúncias de violação de direitos humanos de ambos os lados ; governo e oposição ; realize seu trabalho. Também criticou a falta de progresso nas negociações de paz entre palestinos e israelenses e o aumento de casos de islamofobia, assim como de racismo e de xenofobia.

Patriota está em Genebra, na Suíça, onde participa da reunião denominada Segmento de Alto Nível da 22; Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O conselho existe há sete anos e é responsável pelo fortalecimento da promoção e proteção, assim como pelo tratamento de situações de violação dos direitos humanos.

Ao mencionar a crise na Síria, que completa dois anos em março, Patriota reiterou que a busca pela paz não pode ser ;imposta;, nem ocorrer por meio do uso de ;forças militares;. Segundo ele, é lamentável o registro de aumento de mortos, vítimas dos confrontos armados na região. As estimativas mais recentes superam 100 mil mortos.



[SAIBAMAIS]O chanceler ressaltou a necessidade de buscar um acordo entre palestinos e israelenses. O conflito aumentou com a manutenção da política israelense de construção de imóveis na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. ;O conflito Israel-Palestina é uma das fontes mais sérias de tensão das relações internacionais;, acrescentou. Patriota apelou para que o Conselho de Direitos Humanos participe de maneira ativa no combate à xenofobia, ao racismo e à islamofobia. Segundo ele, é fundamental agir contra a intolerância. ;A discriminação racial, sob qualquer forma, é incompatível com os direitos humanos;, disse. ;A proteção civil deve ser implementada de maneira não seletiva.;

O ministro lembrou os impactos dos ataques dos drones (aviões não tripulados) sobre as populações civis e a necessidade de evitá-los. No segundo semestre, a ONU pretende investigar denúncias que envolvem mais de 20 ataques registrados no Oriente Médio e na África. Patriota defendeu ainda a atuação do grupo de trabalho que analisa as denúncias de execuções sumárias e arbitrárias. O chanceler participa da reunião do Segmento de Alto Nível do Conselho de Direitos Humanos (CDH) que ocorre uma vez por ano. Os 20 Anos da Declaração e Programa de Ação de Viena e sobre o empoderamento da mulher são o tema da sessão este ano.

O Brasil foi eleito em novembro de 2012 para um mandato de três anos no Conselho de Direitos Humanos. Anteriormente, já exerceu o cargo por dois períodos consecutivos, de 2006 a 2011.