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Pistorius discutiu com a namorada, afirma testemunha citada por promotor

O depoimento contradiz as afirmações de Pistorius, que alega que ele e a namorada haviam passado uma noite tranquila e deitado às dez da noite.



Botha disse que chegou ao local às 4H15 de 14 de fevereiro, dia de São Valentim, e que Steenkamp já estava morta.
Isto coincide com as declarações de Pistorius de que a namorada morreu em seus braços. Segundo o advogado de defesa, Barry Roux, Pistorius afirma ter matado a namorada por engano, ao confundi-la com um ladrão que teria invadido a casa.

"Encontrei a pessoa falecida, no chão, ao pé da escada, no térreo. Os enfermeiros da ambulância já a haviam declarado morta", afirmou Botha. Steenkamp tinha três marcas de tiro: na cabeça, acima da orelha direita, no cotovelo direito ; a bala fraturou o braço ; e no quadril.

Também nesta quarta-feira, um polical informou que foram encontradas seringas e testosterona - substância de uso proibido em atletas - na casa de Oscar Pistorius.

"Nós encontramos duas caixas de testosterona e seringas no quarto de Pistorius", declarou um investigador. "Trata-se de um remédio à base de plantas, ele pode usá-lo e já havia utilizado antes", afirmou ao juiz o advogado de Pistorius.

Um porta-voz do Comitê Paralímpico Internacional, Craig Spence, disse à AFP que Pistorius fez dois exames antidoping durante os Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, e que ambos os testes tiveram resultado negativo.

Nas Paralimpíadas, o corredor Pistorius ganhou medalha de ouro na prova de 400m, de prata nos 200m e ficou em quarto lugar na prova de 100m. Pistorius, acusado pelo assassinato de Reeva Steenkamp, também foi indiciado por posse ilegal de munições, informou a polícia sul-africana.

"Encontramos uma caixa de cartuchos calibre 38 especial", disse o detetive Hilton Botha. O policial explicou que Pistorius não tinha permissão para este tipo de munição.