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Palestinos protestam em solidariedade aos presos em Israel

Quatro prisioneiros palestinos, Samer Issaoui, Jaafar Ezzeddine, Ayman Charawneh e Tariq Qaadane, realizam há vários meses uma greve de fome de forma intermitente para exigir libertação por Israel

Hebrom - Milhares de palestinos manifestaram nesta segunda-feira (18/2) por toda a Cisjordânia em solidariedade aos seus compatriotas detidos por Israel, quatro deles em greve de fome.

O negociador palestino Saeb Erekat escreveu à chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, pedindo-lhe para agir em favor dos presos, especialmente os grevistas. Erekat exortou a UE a "tomar medidas concretas para acabar com a impunidade de Israel", observando que "apesar das graves violações israelenses, as relações UE-Israel continuaram a crescer".

Quatro prisioneiros palestinos, Samer Issaoui, Jaafar Ezzeddine, Ayman Charawneh e Tariq Qaadane, realizam há vários meses uma greve de fome de forma intermitente para exigir sua libertação por Israel. A polícia israelense prendeu na segunda-feira de manhã o irmão de Samer Issaoui, Chadi, durante uma busca no domicílio da família no bairro de Issawiyeh, em Jerusalém Oriental ocupada e anexada, de acordo com a sua família e a polícia.

Um tribunal israelense de Jerusalém deve examinar o caso de Samer na tarde de terça-feira, indicou à AFP a irmã do prisioneiro, Shirine. Em Hebron, no sul da Cisjordânia, cerca de 1.500 palestinos protestaram em solidariedade com os prisioneiros. O Exército de Israel fez uso de gás lacrimogêneo, segundo um correspondente da AFP.



Em Nablus (norte), mais de mil palestinos também marcharam pelo centro da cidade, de acordo com o correspondente da AFP. Em Ramallah, sede da Autoridade Palestina, dezenas de jovens palestinos bloquearam nesta segunda-feira temporariamente as instalações da sede da ONU, de acordo com um fotógrafo da AFP. A polícia palestina impediu os manifestantes de entrar no prédio.

Ashton fez um apelo no sábado para que "o governo israelense permita o restabelecimento imediato do direito de visitas de familiares" dos prisioneiros palestinos, para os quais pediu "respeito integral das obrigações internacionais em termos de direitos humanos".

Os prisioneiros de vários movimentos palestinos - incluindo o Hamas e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP, esquerda nacionalista) - devem observar um jejum de 24 horas na terça-feira (19/2) em algumas prisões israelenses.