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Presidente Hugo Chávez anuncia no Twitter que está na Venezuela

Reeleito em outubro do ano passado, líder venezuelano permaneceu dois meses em Cuba para cirurgia contra câncer



Chávez foi reeleito em 7 de outubro de 2012 para um terceiro mandato de seis anos. Apesar de não ter tomado posse em 10 de janeiro como estava previsto, o Tribunal Supremo autorizou Chávez a fazê-lo mais adiante, quando estivesse em condições, e que seu governo do mandato 2007-2012 prosseguisse no poder. Ainda não foi possível determinar se Chávez fará o juramento de posse em breve.

O presidente anunciou em 8 de dezembro o retorno do câncer, que foi detectado em meados de 2011, e designou pela primeira vez um sucessor, seu vice-presidente Nicolás Maduro. Maduro seria o candidato governista nas eleições que seriam organizadas caso Chávez ficasse "inabilitado" para governar.

A natureza e a gravidade do câncer de Chávez nunca foram revelados. O presidente venezuelano foi submetido a quatro cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia, em tratamentos realizados quase exclusivamente em Cuba, onde goza de privacidade absoluta, acompanhado de seu aliado e amigo, o líder cubano Fidel Castro.

Na praça Bolívar de Caracas, dezenas de seguidores se reuniram para celebrar o retorno do presidente. "Voltou, voltou, voltou", gritavam os simpatizantes, segundo imagens exibidas pelo canal oficial VTV. No Twitter, os chavistas usavam a hashtag "ChávezBienvenidoALaPatria".

"Não há palavras que descrevam este momento... DEUS TE ABENÇOE. Presidente MEU Presidente", escreveu @jennyguerra1. Na VTV, os funcionários começaram a festejar ao vivo a notícia, acompanhados pelo ministro da Informação, Enesto Villegas. Mas, ao contrário das ocasiões anteriores, as imagens da chegada ao aeroporto de Maiquetía não foram exibidas pela VTV.

"Que o retorno do Presidente signifique que o Sr.Maduro e os Ministros comecem a trabalhar, há milhares de problemas por resolver", comentou no Twitter o líder da oposição, Henrique Capriles. "A incerteza sobre uma possível eleição presidencial antecipada permanece intacta, apesar do retorno presidencial", afirmou o presidente do instituto Datanálisis, Luis Vicente León.