Os manifestantes também denunciavam a França, regularmente acusada de ingerência.
"Precisamos de uma união nacional, de todos e sem exceções, tirando os que se opõe à revolução", disse Habib Ellouze, um dos líderes da ala mais dura do Ennahda.
"Estamos aqui para mostrar que apoiamos a legitimidade do Ennahda e das urnas", explicou Mohamed Beji, um manifestante.
O assassinato de Chokri Belaid provocou uma nova onda de violência e agravou a crise política, o que obrigou Jebali a propor um governo apolítico.
Seu partido pede um gabinete que alie políticos e tecnocratas.
Depois de desistir da data-limite que havia fixado para este sábado para anunciar um novo governo ou para renunciar caso não conseguisse, Jabali anunciou novas negociações para segunda-feira.
O Ennahda, fundado em junho de 1981 pelo líder histórico Rached Ghannouchi, foi por muito tempo reprimido na Tunísia antes de se impor, após a revolução e as primeiras eleições livres, como o principal partido do país.
O movimento dispõe de 89 dos 217 assentos na Assembleia Nacional e formou uma coalizão com dois partidos laicos de centro-esquerda, incluindo o do presidente Moncef Marzouki.
O Ennahda também trava uma luta interna constante entre os mais radicais, representados por Ghannouchi, e os moderados, liderados por Jabali.
Os parentes de Chokri Belaid organizam neste sábado duas cerimônias em sua memória, uma em Tunis e outra em Jendouba (noroeste). Até o momento, nenhum avanço foi feito na investigação para encontrar os culpados pela morte do líder da oposição.
Os parentes de Belaid acusam os islamitas de serem os responsáveis por sua morte.