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Primeiro-ministro da Tunísia adia formação de governo apolítico

Partidos no país pedem um gabinete com políticos e tecnocratas

Túnis - As negociações para formar um novo governo apolítico na Tunísia prosseguirão na segunda-feira (18/2), anunciou nesta sexta-feira o primeiro-ministro Hamadi Jebali, ao término de uma longa reunião com os chefes dos partidos da coalizão governamental.

"Houve uma evolução e avanços em todos os pontos abordados", afirmou Jebali aos jornalistas. "Por essa razão, decidimos continuar conversando na segunda", acrescentou Jebali, que prometei deixar o cargo em caso de fracasso das negociações realizadas em meio à maior crise que o país vive depois da revolução.

[SAIBAMAIS]Jebali se reuniu em um palácio de Cartago, nos subúrbios de Túnis, com os dirigentes dos partidos para apresentar a composição do governo sem personalidades políticos de primeiro plano, na qual trabalha desde 6 de fevereiro, dia do assassinato do opositor Chokri Belaid. Jebali já indicou que, se não obtiver o apoio da classe política, iria renunciar neste sábado, 14 meses depois de chegar ao poder.



Seu próprio partido, o Ennahda, o Congresso Para a República (CPR, laico), do presidente Moncef Marzuki, e outras duas pequenas formações políticas querem um gabinete que reúna políticos e tecnocratas. Se os deputados desses movimentos continuarem solidários com suas respectivas direções, disporão de uma maioria suficiente para censurar Jebali na Assembleia Nacional Constituinte (ANC).