Os manifestantes também criticaram as declarações de membros do Parlamento culpando as mulheres pelos ataques.
"As mulheres, muitas vezes, provocam o estupro, colocando-se numa posição que a torna suscetível de ser estuprada", declarou o senador Adel Afifi, citado pela imprensa local.
Na semana passada, a Anistia Internacional pediu ao presidente Mohamed Mursi "medidas drásticas" para acabar com a violência sexual contra as mulheres.
Na manifestação desta terça-feira, as mulheres denunciaram os "sistemáticos" ataques.
"Nós sempre fomos assediadas. O que é novo é que a violência tornou-se uma rotina", lamentou Asmaa Ali, que lidera um grupo contra o fenômeno. "O assédio é um termo educado. Devemos chamá-lo de agressão sexual. Ele chegou ao nível de estupro na praça Tahrir", acrescentou.