Mali - Combates entre soldados do Exército do Mali e islamitas infiltrados foram registrados neste domingo (10/2) no centro de Gao, a maior cidade do norte do Mali, atingida por dois atentados suicidas em dois dias.
Trocas de tiros ocorreram no centro da cidade, perto da delegacia central, que era a sede da polícia islâmica quando os jihadistas ocupavam Gao.
O tiroteio fez com que os habitantes se refugiassem em suas casas para evitar as balas de Kalachnikov e de metralhadoras de 14,5 mm.
"Elementos do Mujao se infiltraram na cidade e nós vamos expulsá-los", declarou à AFP uma fonte da segurança do Mali, em referência ao Movimento pela Unidade e a Jihad na África Ocidental, um dos grupos armados que ocupava há meses o norte do país.
Trocas de tiros ocorreram no centro da cidade, perto da delegacia central, que era a sede da polícia islâmica quando os jihadistas ocupavam Gao.
O tiroteio fez com que os habitantes se refugiassem em suas casas para evitar as balas de Kalachnikov e de metralhadoras de 14,5 mm.
"Elementos do Mujao se infiltraram na cidade e nós vamos expulsá-los", declarou à AFP uma fonte da segurança do Mali, em referência ao Movimento pela Unidade e a Jihad na África Ocidental, um dos grupos armados que ocupava há meses o norte do país.
Estes confrontos ocorrem após um atentado suicida durante a madrugada de sábado para domingo contra um posto de controle em uma das entradas da cidade, o segundo em dois dias.
Nenhum militar malinense morreu na explosão, segundo soldados no local. Mas a estrada que leva às cidade de Burem e Kidal foi fechada e nenhuma veículo está autorizado a passar.
Três minas terrestres também foram encontradas na região, segundo um militar francês, que indicou que o Exército irá realizar explosões controladas.
Na sexta-feira, um homem-bomba tuaregue ativou um cinturão de explosivo no controle da entrada norte da cidade, o que custou a vida de um soldado malinense.
O ataque foi reivindicado pelo Mujao, que ameaçou colocar mais minas, atacar comboios militares e utilizar terroristas suicidas.
"Nós vamos aumentar os ataques contra a França e seus aliados. Pedimos à população que se mantenha distante das zonas militares para evitar explosões", alertou no sábado o porta-voz do Mujao, Abu Walid Sahraoui.
Gao, maior cidade do norte do Mali, foi tomada dos islamitas em 26 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses.
São os primeiros atentados suicidas registrados no Mali. Em todo o país, os grupos armados islamitas, que ocuparam durante vários meses o norte do país impondo sua lei, evitam um confronto direto com os soldados franceses e malinenses e parecem adotar como estratégia os ataques suicidas e a colocação de minas terrestres nas estradas.
"Foi um homem-bomba que se explodiu ", afirmou um soldado malinense nas proximidades do atentado, realizado contra um posto de controle na entrada de Gao.
A cabeça do autor do atentado, aparentemente um homem de origem árabe ou tuaregue, ainda se encontrava no mesmo local na manhã deste domingo.
Os efetivos de militares foram redobrados e o posto cercado com sacos de areia. As árvores foram cortadas para facilitar a visibilidade e há patrulhas de soldados nigerianos e malinenses em picapes camufladas de combate.
Corpos descobertos no deserto
Na cidade, soldados malinenses e nigerianos patrulham as ruas.
"Se você se distancia poucos quilômetros de Gao, já é perigoso", relatou à AFP um oficial do Mali. De acordo com fontes militares da França e Mali, várias aldeias nas proximidades de Gao defendem a causa islâmica.
Dois jovens com cinturões cheios de explosivos foram detidos na manhã de sábado 20 km ao norte de Gao.
Os dois homens suicidas, assim como os jovens detidos, pertencem às comunidades árabe e tuaregue, que constituem a maioria dos combatentes dos grupos islamitas.
Essas duas comunidades denunciam os abusos que têm sido vítimas cometidos por milícias e soldados do Exército do Mali.
Em Timbuktu foram descobertos os corpos de várias pessoas, entre elas três comerciantes árabes que tinham sido detidos recentemente pelo exército malinense, informou a agência de notícias online
Esta cidade histórica foi reconquistada em 28 de janeiro, sem resistência, pelos soldados franceses e malinenses da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (Aqmi) e do Ansar Dine (Defensores do Islã).
Nenhum militar malinense morreu na explosão, segundo soldados no local. Mas a estrada que leva às cidade de Burem e Kidal foi fechada e nenhuma veículo está autorizado a passar.
Três minas terrestres também foram encontradas na região, segundo um militar francês, que indicou que o Exército irá realizar explosões controladas.
Na sexta-feira, um homem-bomba tuaregue ativou um cinturão de explosivo no controle da entrada norte da cidade, o que custou a vida de um soldado malinense.
O ataque foi reivindicado pelo Mujao, que ameaçou colocar mais minas, atacar comboios militares e utilizar terroristas suicidas.
"Nós vamos aumentar os ataques contra a França e seus aliados. Pedimos à população que se mantenha distante das zonas militares para evitar explosões", alertou no sábado o porta-voz do Mujao, Abu Walid Sahraoui.
Gao, maior cidade do norte do Mali, foi tomada dos islamitas em 26 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses.
São os primeiros atentados suicidas registrados no Mali. Em todo o país, os grupos armados islamitas, que ocuparam durante vários meses o norte do país impondo sua lei, evitam um confronto direto com os soldados franceses e malinenses e parecem adotar como estratégia os ataques suicidas e a colocação de minas terrestres nas estradas.
"Foi um homem-bomba que se explodiu ", afirmou um soldado malinense nas proximidades do atentado, realizado contra um posto de controle na entrada de Gao.
A cabeça do autor do atentado, aparentemente um homem de origem árabe ou tuaregue, ainda se encontrava no mesmo local na manhã deste domingo.
Os efetivos de militares foram redobrados e o posto cercado com sacos de areia. As árvores foram cortadas para facilitar a visibilidade e há patrulhas de soldados nigerianos e malinenses em picapes camufladas de combate.
Corpos descobertos no deserto
Na cidade, soldados malinenses e nigerianos patrulham as ruas.
"Se você se distancia poucos quilômetros de Gao, já é perigoso", relatou à AFP um oficial do Mali. De acordo com fontes militares da França e Mali, várias aldeias nas proximidades de Gao defendem a causa islâmica.
Dois jovens com cinturões cheios de explosivos foram detidos na manhã de sábado 20 km ao norte de Gao.
Os dois homens suicidas, assim como os jovens detidos, pertencem às comunidades árabe e tuaregue, que constituem a maioria dos combatentes dos grupos islamitas.
Essas duas comunidades denunciam os abusos que têm sido vítimas cometidos por milícias e soldados do Exército do Mali.
Em Timbuktu foram descobertos os corpos de várias pessoas, entre elas três comerciantes árabes que tinham sido detidos recentemente pelo exército malinense, informou a agência de notícias online
Esta cidade histórica foi reconquistada em 28 de janeiro, sem resistência, pelos soldados franceses e malinenses da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (Aqmi) e do Ansar Dine (Defensores do Islã).