Bogotá - Dois aposentados alemães que estão em poder da g, da Colômbia, foram sequestrados em 3 de novembro no departamento (estado) de Norte de Santander (nordeste), informou esta quinta-feira a polícia, que disse ter informações de testemunhas não identificadas.
"Em 3 de novembro foram sequestrados no município de Teorama, Norte de Santander", disse o diretor do Grupo Anti-sequestro e Antiextorsão da Polícia (Gaula), Humberto Guatibonza, à emissora privada Blu Radio.
Segundo informações destas fontes, os irmãos Gunther e Uwe Breuer, ambos idosos, se movimentaram em setembro entre Quito (Equador), Colômbia e Venezuela, descreveu Guatibonza.
Posteriormente, voltaram a percorrer a Colômbia até serem sequestrados em Teorama, um povoado de 15.000 habitantes situado 670 km ao norte de Bogotá, na fronteira com a Venezuela.
Na segunda-feira passada, o , anunciou que tinha em seu poder os dois alemãs. Os insurgentes tacharam os europeus de "agentes de inteligência", argumentando que não conseguiram justificar sua presença na região.
O presidente Juan Manuel Santos repudiou esta acusação e exige da guerrilha que os liberte imediatamente, enquanto o governo alemão assegura que são turistas.
Guatibonza explicou que, apesar dos informes antecipados obtidos, só conseguiram identificar os sequestrados três semanas atrás, quando a família dos alemães procurou as autoridades de seu país para informar sobre seu desaparecimento.
Os alemães "se comunicavam com suas famílias a cada dois ou três meses, eles não têm celular. Coincidiu que se comunicaram com eles em setembro e a família começou a notar que não se comunicavam até o mês de janeiro", explicou o chefe de polícia.
Os dois aposentados, que teriam 69 e 73 anos, segundo Guatibonza, circulavam pela Colômbia no próprio carro, adaptado para transitar por vias complicadas, e orientando-se por mapas.
"Entraram em uma região onde possivelmente foram detidos por membros do ELN, a mando do indivíduo conhecido como ;Camarote;, que foi a pessoa que os sequestrou", disse Guatibonza, que acredita que o ELN pode tê-los confundido com trabalhadores petroleiros.
Segundo informações da polícia, os alemãs "estão bem" embora um deles "tenha sofrido um problema de saúde, que já foi solucionado" e que ele não pôde detalhar.
O ENL, guerrilha que conta com 2.500 combatentes, também sequestrou em janeiro seis trabalhadores de uma companhia de mineração, entre eles dois peruanos e um canadense. O grupo insurgente não participa das negociações de paz que o governo mantém com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, comunistas).