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Governo japonês deseja manter aberta 'janela de diálogo' com a China

No entanto, governo nipônico ainda critica operações chinesas em área de propriedade do Japão

Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou nesta quinta-feira (7/2) que "a janela de diálogo" com a China deve permanecer aberta, mas voltou a criticar o país por um confronto naval em alto-mar. Abe disse que o incidente no qual uma fragata chinesa apontou o radar para fixar alvos contra um navio de guerra japonês era "lamentável", em um momento de tensão sobre a soberania de um grupo de ilhas no Mar da China Meridional.



A porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, disse que o "Japão alimenta a crise e aumenta a tensão, sujando a imagem da China". Na terça-feira, o embaixador chinês em Tóquio foi convocado mais uma vez pelo ministério das Relações Exteriores, um dia depois de uma incursão de navios chineses nas águas territoriais das ilhas Senkaku, administradas pelo Japão mas reivindicadas por Pequim, que as chama de ilhas Diaoyu.

O incidente do radar, que segundo o Japão aconteceu mês passado, foi o primeiro em que as Marinhas das duas nações se desafiaram em uma disputa que, segundo alguns analistas, poderia resultar em um conflito armado. A situação é muito tensa no Mar de China Meridional, onde as duas potências asiáticas reivindicam a soberania do grupo de ilhas desabitadas.