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Denúncias de pedofilia no clero chegaram ao ponto máximo em 2004

Novo promotor de justiça da Congregação para a Doutrina da Fé, padre Robert Oliver prometeu seguir linha traçada pelo Papa que prega tolerância zero

Vaticano - As denúncias de atos de pedofilia cometidos no passado por membros do clero chegaram ao ápice em 2004, com 800 casos relatados, contra uma média de 600 casos por ano na última década, indicou nesta terça-feira, em Roma, o novo procurador anti-pedofilia do Vaticano, Robert Oliver.

Os casos denunciados remontam principalmente ao período entre 1965-1985, quando "foram cometidos os abusos mais graves", afirmou. O novo "promotor de justiça" da Congregação para a Doutrina da Fé, padre Robert Oliver, que assumiu o cargo na última sexta-feira, prometeu seguir a "linha traçada pelo Papa" que prioriza "a assistência e o cuidado às vítimas" e prega tolerância zero.



Vindo de Boston, onde enfrentou casos de abuso sexual na diocese americana, Oliver foi nomeado para o cargo em dezembro. Ele concedeu sua primeira coletiva de imprensa no encontro na universidade jesuíta gregoriana destinado a fazer o balanço do simpósio "A caminho da cura e da renovação", ocorrido há um ano.



No início de fevereiro de 2012, o simpósio inédito reuniu cerca de 220 autoridades da Igreja e especialistas, dentre as quais mais de 100 bispos, e foi convocado para estudar as causas de abusos cometidos por padres nos últimos 50 anos. A intenção era expandir conhecimentos psicológicos e os instrumentos de prevenção, assim como encontrar caminhos para a cura.

[SAIBAMAIS]

Além disso, o padre Oliver indicou que mais de 3/4 das 112 conferências episcopais já atenderam às medidas de combate à pedofilia exigidas pela Santa Sé.