Agência France-Presse
postado em 30/01/2013 08:59
Sydney - A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, afirmou nesta quarta-feira (30/1) que o país irá às urnas no dia 14 de setembro, em um anúncio precoce surpreendente, no momento em que o governo minoritário enfrenta uma batalha difícil para a reeleição. Gillard, que detém o poder por uma pequena margem e que aparece atrás da oposição conservadora nas pesquisas, chocou especialistas ao quebrar a tradição de anunciar as datas da eleição com apenas algumas semanas de antecedência.
A líder do Partido Trabalhista afirmou que a medida fornecerá "forma e ordem" ao ano e permitirá que a votação seja "não uma campanha febril, mas uma deliberação legal e fundamentada". "Eu refleti sobre isso durante o verão e penso que não é certo que os australianos sejam forçados a um jogo de adivinhação e não é certo que os australianos não enfrentem este ano com certeza e estabilidade", disse.
[SAIBAMAIS]Num momento em que a economia do país movida a mineração começa a se enfraquecer, os eleitores enfrentam uma decisão entre Gillard, a primeira líder mulher do país, que chegou ao poder há quase três anos, e seu opositor conservador Tony Abbott. As pesquisas de opinião sugerem que Gillard, que foi destaque na imprensa mundial no ano passado em um discurso afiado sobre misoginia tendo Abbott como alvo, perderá em setembro, embora nenhum dos dois políticos tenha grande apelo nacional.