Bamako - Soldados da França e do Mali avançavam neste domingo (27/01) em direção a Tombuctu (norte) e a aviação francesa bombardeou posições islamitas em seu feudo em Kidal, 1.500 km a nordeste de Bamaco, após a tomada de Gao, a cidade mais importante do norte do Mali, reconquistada no sábado durante uma ofensiva relâmpago.
Soldados franceses e malinenses avançavam paralelamente por via terrestre em direção a Tombuctu, cidade mítica do islã na África, 900 km a nordeste de Bamaco.
As tropas francesas e malinenses chegarão em breve perto de Tombuctu, afirmou no sábado o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.
Esta perspectiva agrada os refugiados da cidade contactados no sábado em Mopti (centro), alguns dos quais mostraram seu desejo de vingança em relação aos islamitas, que destruíram mausoléus de santos muçulmanos e impuseram uma concepção rigorosa da sharia (lei islâmica).
"Eles nos chicoteavam quando fumávamos, quando ouvíamos música. Faremos eles pagarem pelo que nos fizeram. Também os chicotearemos", prometeu Amadou, um jovem estudante.
A aviação francesa bombardeou posições islamitas em Kidal e diversas fontes informaram que há vários dias os combatentes islamitas recuaram em direção às montanhas da região de Kidal, no extremo nordeste do país.
"Os bombardeios atingiram a casa de Iyad Ag Ghaly em Kidal e um campo militar", disse à AFP uma fonte dos serviços de segurança, o que também foi confirmado pelos habitantes do local.
Segundo uma fonte dos serviços de segurança malinenses, as principais autoridades dos grupos islamitas armados, Iyad Ag Ghaly, líder do Ansar Dine (Defensores do Islã), e o argelino Abou Zeid, um dos emires da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), se refugiaram nas montanhas de Kidal.
O bastião islamita de Gao, 1.200 km a nordeste de Bamaco, caiu no sábado durante uma operação do exército francês na qual membros das forças especiais com apoio aéreo tomaram o controle do aeroporto e de uma ponte estratégica.
Posteriormente, soldados africanos procedentes do Níger chegaram de avião a Gao, protagonizando a entrada das forças africanas no palco de operações malinense.
"A tomada de controle de Gao, que conta com 50 a 60 mil habitantes, pelos soldados malinenses, chadianos e nigerinos, está em andamento", indicou neste domingo o coronel Thierry Burkhard, um porta-voz do exército francês.
Mais de 6.000 soldados da África Ocidental e chadianos substituirão no Mali o exército francês, mas eles chegam a conta-gotas e sua mobilização é lenta devido a sérios problemas de financiamento e de logística. Apenas 2.000 destes soldados estão atualmente no Mali e no Níger.
"UA celebra ação da França"
Os primeiros testemunhos informavam sobre a alegria da população, mas também sobre saques. As comunicações telefônicas em Gao, tanto fixas quanto móveis, estão cortadas e os observadores internacionais não conseguem chegar à região.
No sábado, o exército francês afirmou que não ocorriam combates em Gao, apenas "operações de perseguição" com franco-atiradores.
Gao era um bastião dos islamitas do Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (Muyao), que cometeram muitos abusos, entre eles amputações de pessoas acusadas de roubo.
Por sua vez, o chefe de Estado de Benin e presidente em fim de mandato da União Africana (UA), Thomas Boni Yayi, lamentou diante dos outros líderes reunidos em uma cúpula a lentidão da organização na hora de reagir para defender o Mali e celebrou a intervenção francesa.
Para um habitante de Mopti, a França, que no dia 11 de janeiro começou uma ofensiva contra os islamitas armados, paga uma dívida contraída pela ex-potência colonial com o Mali.
Soldados franceses e malinenses avançavam paralelamente por via terrestre em direção a Tombuctu, cidade mítica do islã na África, 900 km a nordeste de Bamaco.
As tropas francesas e malinenses chegarão em breve perto de Tombuctu, afirmou no sábado o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault.
Esta perspectiva agrada os refugiados da cidade contactados no sábado em Mopti (centro), alguns dos quais mostraram seu desejo de vingança em relação aos islamitas, que destruíram mausoléus de santos muçulmanos e impuseram uma concepção rigorosa da sharia (lei islâmica).
"Eles nos chicoteavam quando fumávamos, quando ouvíamos música. Faremos eles pagarem pelo que nos fizeram. Também os chicotearemos", prometeu Amadou, um jovem estudante.
A aviação francesa bombardeou posições islamitas em Kidal e diversas fontes informaram que há vários dias os combatentes islamitas recuaram em direção às montanhas da região de Kidal, no extremo nordeste do país.
"Os bombardeios atingiram a casa de Iyad Ag Ghaly em Kidal e um campo militar", disse à AFP uma fonte dos serviços de segurança, o que também foi confirmado pelos habitantes do local.
Segundo uma fonte dos serviços de segurança malinenses, as principais autoridades dos grupos islamitas armados, Iyad Ag Ghaly, líder do Ansar Dine (Defensores do Islã), e o argelino Abou Zeid, um dos emires da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), se refugiaram nas montanhas de Kidal.
O bastião islamita de Gao, 1.200 km a nordeste de Bamaco, caiu no sábado durante uma operação do exército francês na qual membros das forças especiais com apoio aéreo tomaram o controle do aeroporto e de uma ponte estratégica.
Posteriormente, soldados africanos procedentes do Níger chegaram de avião a Gao, protagonizando a entrada das forças africanas no palco de operações malinense.
"A tomada de controle de Gao, que conta com 50 a 60 mil habitantes, pelos soldados malinenses, chadianos e nigerinos, está em andamento", indicou neste domingo o coronel Thierry Burkhard, um porta-voz do exército francês.
Mais de 6.000 soldados da África Ocidental e chadianos substituirão no Mali o exército francês, mas eles chegam a conta-gotas e sua mobilização é lenta devido a sérios problemas de financiamento e de logística. Apenas 2.000 destes soldados estão atualmente no Mali e no Níger.
"UA celebra ação da França"
Os primeiros testemunhos informavam sobre a alegria da população, mas também sobre saques. As comunicações telefônicas em Gao, tanto fixas quanto móveis, estão cortadas e os observadores internacionais não conseguem chegar à região.
No sábado, o exército francês afirmou que não ocorriam combates em Gao, apenas "operações de perseguição" com franco-atiradores.
Gao era um bastião dos islamitas do Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (Muyao), que cometeram muitos abusos, entre eles amputações de pessoas acusadas de roubo.
Por sua vez, o chefe de Estado de Benin e presidente em fim de mandato da União Africana (UA), Thomas Boni Yayi, lamentou diante dos outros líderes reunidos em uma cúpula a lentidão da organização na hora de reagir para defender o Mali e celebrou a intervenção francesa.
Para um habitante de Mopti, a França, que no dia 11 de janeiro começou uma ofensiva contra os islamitas armados, paga uma dívida contraída pela ex-potência colonial com o Mali.