Cairo - Os manifestantes começavam a chegar nesta sexta-feira (25/1) ao centro do Cairo, onde a oposição egípcia convocou manifestações para celebrar o segundo aniversário do início do movimento popular que forçou o ex-presidente Hosni Mubarak a renunciar no início de 2011. Alguns manifestantes passaram a noite na praça Tahrir, epicentro da revolução de janeiro e fevereiro de 2011.
Na quinta-feira à noite, ocorreram breves confrontos entre a polícia e os manifestantes, que tentavam destruir um muro de blocos de concreto para permitir a livre circulação no centro da cidade. O ministério do Interior indicou que cinco policiais ficaram feridos e convocou os manifestantes a evitar os confrontos com as forças de ordem.
O presidente egípcio, Mohamed Mursi, pediu na quinta-feira à noite aos egípcios que celebrem "de maneira pacífica e civilizada" o segundo aniversário da revolta. Já a oposição convocou um protesto contra Mursi e a Irmandade Muçulmana, o movimento do presidente islamita, utilizando as mesmas palavras de ordem lançadas há dois anos: "Pão, liberdade, justiça social". "Vamos sair às praças para finalizar os objetivos da revolução", escreveu no Twitter Mohamed El Baradei, uma das principais figuras da oposição laica.
Nesta sexta-feira estão previstas concentrações na emblemática praça Tahrir, diante do palácio presidencial de Heliópolis, situado nos arredores da capital, e em várias outras cidades, como Alexandria (norte) e Asiut (centro). A Irmandade Muçulmana não fez um chamado oficial a se manifestar. Para celebrar o segundo aniversário da revolução, lançou uma iniciativa intitulada "Juntos construímos o Egito", que integra uma série de ações sociais e de caridade.