Paris - Um homem ligado às três militantes curdas assassinadas no último dia 9 de janeiro em Paris foi acusado pelas mortes nesta segunda-feira (21/1), anunciou a promotoria que solicitou sua prisão preventiva.
"O homem pode ser o ou um dos autores dos crimes", afirmou o procurador da República, François Molins, que acrescentou que o homem é acusado de assassinatos relacionados a atos de terrorismo e de participação na preparação desses assassinatos.
Segundo uma fonte vinculada ao caso, o suspeito é um curdo de 30 anos nascido na Turquia e residente em La Courneuve, na região de Paris, membro do entorno "próximo" das vítimas.
Sua detenção e a de um compatriota que, posteriormente foi libertado, ocorreu na quinta-feira em uma operação conjunta da subdireção anti-terrorista da polícia judicial e da seção anti-terrorista da brigada criminal de Paris.
Antes de sua prisão provisória na quinta, os investigadores já haviam conversado com este homem que, em algumas ocasiões trabalhava como motorista para uma das vítimas. Graças a várias testemunhas e às imagens das câmeras de vigilância, os investigadores encontraram contradições em seu relato sobre sua atividade no dia dos assassinatos. A acusação solicitou sua prisão preventiva, informou o procurador. Um juiz terá que determinar a liberdade ou a prisão preventiva.
As três militantes vinculadas ao PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, proibido na Turquia) foram assassinadas a tiros na sede de uma associação de sua comunidade no centro de Paris, onde seus corpos foram encontrados na noite de 9 para 10 de janeiro. A Turquia pediu à França que esses homicídios sejam esclarecidos.