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Timoshenko é suspeita de ser mandante de assassinato em 1996 na Ucrânia

Se for considerada culpada dos fatos, a opositora que já cumpre uma pena de sete anos de prisão, pode ser condenada à prisão perpétua

Kiev - A ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko é suspeita de ser a mandante do assassinato de um deputado em 1996 na Ucrânia, anunciou nesta sexta-feira (18/1) à noite o procurador geral Viktor Pchonka.

"Os elementos da investigação mostram que Timoshenko encomendou esse assassinato com Pavlo Lazarenko", um ex-chefe do governo desta ex-república soviética, atualmente detido nos Estados Unidos, declarou o magistrado durante uma entrevista coletiva à imprensa.

Timoshenko, que estava até o momento na condição de testemunha deste caso, pagou 2,3 milhões de dólares pelo assassinato do deputado Evguen Chtcherban, morto a tiros ao lado de sua esposa na pista do aeroporto de Donetsk (leste) em novembro de 1996, acrescentou o procurador.

Se for considerada culpada dos fatos, a opositora que já cumpre uma pena de sete anos de prisão, pode ser condenada à prisão perpétua, acrescentou Pchonka.

[SAIBAMAIS]Presa desde agosto de 2011, Timoshenko foi condenada dois meses depois a sete anos de prisão por abuso de poder. Ela denuncia uma vingança política de seu rival, o atual presidente Viktor Yanukovitch.



A opositora, de 52 anos, também é julgada por fraude fiscal como parte de um outro julgamento em curso.

Os processos contra a opositora provocaram uma grave crise entre a Ucrânia e os ocidentais, que suspeitam de motivações políticas.