O porta-voz da agência de gestão de desastres, Sutopo Purwo Nugroho, disse que o número de mortos chegava a três, depois que um homem de 45 anos foi eletrocutado nesta quinta-feira. Um menino de dois anos arrastado pelas águas e um homem de 46 anos também eletrocutado já haviam sido registrados como mortos nesta semana. As águas começaram a baixar durante a tarde, mas as inundações prosseguiam em algumas áreas, incluindo o distrito central de negócios, onde hotéis de luxo e as embaixadas de França, Alemanha e Grã-Bretanha estavam cercados pelas águas.
Motoristas que tentavam evitar o dilúvio dirigiram por calçadas ou andaram na contramão em ruas de sentido único. Em algumas áreas, crianças colocaram balsas nas ruas, que mais pareciam canais. "Jacarta, hoje, é uma enorme piscina. Todo mundo está brincando na chuva, andando na água e rindo. A desvantagem é que eu não tenho nenhuma ideia de como chegar em casa, provavelmente terei que andar por três horas", afirmou a funcionária administrativa Yohanna, de 32 anos.
Autoridades subiram o alerta de inundação para seu nível mais alto no início desta quinta-feira, informou o porta-voz da agência de desastres Nugroho, descrevendo a cidade como "sitiada". "A situação pode piorar nos próximos dias, já que a chuva mostra poucos sinais de abatimento", explicou. Mas, enquanto as equipes de resgate corriam para evacuar os moradores, o porta-voz do ministério do Bem-Estar, Tito Setiawan, disse que a situação estava sob controle.
"Enviamos caminhões e balsas para levar as vítimas cujas casas foram inundadas para os abrigos temporários. Também iremos fornecer comida, água e ajuda humanitária", afirmou. A Indonésia é atingida regularmente por enchentes e deslizamentos de terra mortais durante a estação chuvosa, que dura cerca de metade do ano, e muitos na capital vivem ao lado de rios que transbordam periodicamente.