O Al-Watan indicou ainda que durante a reunião, Assad garantiu não ser "o capitão que pula do navio à deriva". A Rússia, principal aliada do regime, indicou no domingo que a saída do presidente não está incluída em acordos internacionais e considerou ser "impossível sua aplicação".
"Nossos parceiros estão convencidos de que é necessário de antemão expulsar Bashar al-Assad do processo político. Este é um pré-requisito que não está contido na declaração de Genebra (adotada em junho pelas grandes potências) e que é impossível de implementar, porque não depende de ninguém", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU devem se reunir no final de janeiro para discutir a questão síria, provavelmente no mesmo momento da apresentação de um relatório pelo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, indicou um diplomata russo na segunda-feira.
No terreno, a violência continua. Mais de 60 mil pessoas morreram desde o início de uma revolta, em meados de março, que se transformou em um conflito armado contra a repressão do regime. Em Aleppo, a origem de uma explosão na universidade da cidade permanece desconhecida.
Militantes anti-regime afirmam se tratar de um bombardeio aéreo, enquanto uma fonte militar garante que a explosão foi provocada por um míssil terra-ar disparado pelos rebeldes que erraram seu alvo atingindo o campus. Outras fontes relatam um carro-bomba. Pelo menos 47 pessoas morreram nesta terça-feira na Síria, incluindo 12 em Houla (centro), alvo de um ataque com artilharia pesada do Exército, de acordo com o OSDH.