O Conselho de Estado da Colômbia condenou o governo a indenizar 35 camponeses apontados como vítimas de deslocamento forçado, em 1996, no Norte do país. Os trabalhadores rurais foram obrigados a deixar terras ocupadas por pressão de paramilitares. Houve agressões físicas e assassinatos. Para o conselho, faltou proteção e assistência às comunidades da região.
O governo da Colômbia deve pagar US$ 653 mil para os 35 camponeses. Eles foram retirados da fazenda Bellacruz, por 40 paramilitares, no município La Gloria. A decisão do conselho lembra 40 pessoas foram mortas, casas e plantações destruídas.
O caso virou uma espécie de ícone de defesa dos direitos humanos na Colômbia devido às denúncias de violações. A fazenda invadida pertencia ao ex-ministro do Desenvolvimento e ex-embaixador Carlos Arturo Marulanda Ramírez. Ele foi condenado como mentor da ação dos paramilitares.
Na decisão, o Conselho de Estado da Colômbia ressalta que a proteção dos camponeses estava a cargo do Ministério da Defesa, do Exército e da Polícia Nacional, pois havia pelo menos 130 homens para garantir a segurança na região.