O primeiro-ministro, David Cameron, negou que haja algum problema, garantindo na quarta-feira aos deputados que a mudança foi "regulamentada e endossada" em "estreita relação" com o palácio de Buckingham.
Contudo, o príncipe Charles não é o único preocupado. Um antigo arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, também alertou sobre as "propostas que podem alterar o delicado equilíbrio constitucional".
Os membros da Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento, questionaram nesta semana o vice-primeiro ministro Nick Clegg sobre a pressa do governo em adotar a reforma com um único dia de debate sobre o tema.
Lord Peter Goldsmith, ex-assessor legal do governo trabalhista de Tony Blair, destacou que mudar leis seculares é uma "decisão transcendental" e considerou "preocupante" tal urgência.
"Se o tema do (papel do monarca como) defensor da fé é questionado, isso leva à pergunta se a Igreja Anglicana deve ser privada de seu estatuto oficial", alertou um de seus colegas conservadores, Lord Ian Lang.