Assunção - O ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, concordou em reconhecer perante o Cartório de Registro Civil um segundo filho, concebido com uma enfermeira quando ainda era bispo católico, revelou a mãe à imprensa nesta quinta-feira.
"Nós retiramos o documento assinado pelo chefe do Cartório. Agora só falta ele assinar quando retornar de sua viagem", informou Narcisa de la Cruz, mãe do menino de 10 anos de idade, chamado Ángel.
Lugo, que governou o Paraguai entre agosto de 2008 e junho de 2012, está em Caracas, onde participa dos eventos organizados pelo governo venezuelano para marcar o início do novo mandato presidencial de Hugo Chávez.
"Este ano vamos matriculá-lo na escola com o sobrenome Lugo", disse a mãe da criança, em Assunção.
O ex-presidente já havia reconhecido durante o seu primeiro ano de mandato Fernando Armindo, de quatro anos de idade, filho de Viviana Carrillo.
De la Cruz recorreu à imprensa no início de junho para forçar o então chefe de Estado a reconhecer a paternidade, sem pedir um teste de DNA.
"Ele não pediu o exame de DNA e o reconheceu imediatamente", revelou Narcisa ao site do jornal ABC.
No entanto, após a sua polêmica destituição do cargo de presidente pelo Congresso em 22 de junho "por mal desemprenho de suas funções", os trâmites de reconhecimento foram suspensos até esta semana, explicou a mulher.
"Passaram sete meses e meu filho continuava sem nome", lamentou.
Ela afirmou que Lugo "não tem problema algum com seu filho e todos os domingos ele vai com seu pai. Seu pai o ama e eu estou com ciúmes", brincou.
A reivindicação de Hortensia Morán, uma terceira mulher que afirma que Lugo é o pai de seu filho Juan Pablo, de cinco anos, foi rejeitada por um tribunal depois de um teste de DNA.
Morán tentou anular o resultado do teste, argumentando que Lugo estava sob o efeito dos medicamentos da quimioterapia à qual o chefe de Estado foi submetido devido a um câncer linfático diagnosticado na segunda metade de 2010.
Uma quarta mulher, Benigna Leguizamón, entrou com uma ação judicial contra Lugo exigindo um teste de paternidade de Lucas Fernando, de nove anos.