Nova York - O governador de Nova York, Andrew Cuomo, propôs nesta quarta-feira um reforço drástico da legislação sobre armas de fogo nos Estados Unidos, destacando que está decidido a "mostrar o caminho" para o restante do país.
"Devemos acabar com esta loucura. Excesso é excesso", declarou Cuomo em seu discurso anual sobre o Estado de Nova York.
O governador democrata lembrou as tragédias de Newtown (Connecticut), onde um jovem atirador matou 20 crianças e seis adultos, e de Webster (Nova York), onde um ex-detento assassinou dois bombeiros após incendiar várias casas.
"Devemos aprovar a lei mais severa do país em relação aos fuzis de assalto".
Cuomo, citado como possível candidato à presidência dos Estados Unidos em 2016, propôs acabar com o "vácuo jurídico envolvendo a venda de armas", proibir os "carregadores de grande capacidade" e adotar "sanções mais duras" contra a posse de armas ilegais.
"É preciso impedir que pessoas que têm problemas mentais tenham acesso a armas e proibir a venda direta de munição pela Internet". "O estado de Nova York já mostrou o caminho", disse Cuomo sobre a Lei Sullivan, de 1911, a primeira no país a exigir licença para a posse de armas.
"Temos que mostrar o caminho novamente, ser um exemplo para o país", disse Cuomo, antes de admitir que a "questão do controle de armas é difícil".
Nova York já é um dos Estados com a legislação mais severa na área, mas persistem numerosos vácuos jurídicos, lembrou.
Nesta quarta-feira, o vice-presidente americano, Joe Biden, confirmou que o presidente Barack Obama adotará rapidamente medidas para controlar a venda de armas nos Estados Unidos, sem aguardar a votação de novas leis por um Congresso dividido.